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“Fui morar fora e aprendi a ser minha própria manicure”
- 21/11/2010Confira o relato de uma baiana que mora no exterior e não abre mão das ‘unhas fundas’
Por Heider Mustafá
Quem mora fora do país reclama do modo como as unhas são feitas pelas manicures estrangeiras. Isso porque tirar a cutícula é um hábito comum somente aqui. No exterior, fazer a unha significa tão simplesmente cortar, lixar, limpar e pintar, o que é recomendado pelos médicos. Há quatro anos, a psicóloga Ludmila Rohr mora em Houston, nos Estados Unidos, e até hoje não se adaptou à forma norte-americana de fazer a unha.
Impressão Digital 126 – Como você se vira para deixar a unha do jeito que você gosta, ou seja, sem cutícula?
Ludmila Rohr – Esse é um problema. Aqui no Texas, as manicures são quase todas vietnamitas. Elas “empurram” a cutícula e retiram bem pouco. Não exatamente por essa questão de saúde, mas porque nos Estados Unidos qualquer coisa pode acabar em um processo. Penso que se um “bife” for tirado, isso vai parar na justiça. No começo eu até tentei, mas hoje não vou mais a manicures aqui. Deixo para fazer as unhas quando vou ao Brasil, mais ou menos a cada três ou quatro meses.
ID 126 – E durante esse período o que você faz?
LR – Eu mesma dou um jeitinho. Comprei uns instrumentos e aprendi a retirar a cutícula. Claro que o que eu faço não se compara com o trabalho de uma manicure brasileira, mas vou me virando como posso.
ID 126 – Você sabia que não é recomendado tirar completamente a cutícula da unha?
LR – Sim, sei. Mas não adianta (risos). Talvez por nunca ter pego uma infecção ou por não conhecer ninguém que tenha tido algo semelhante, me sinto confiante em tirar todo e qualquer sinal de cutícula das unhas.
ID 126 – E se de uma hora para outra você chegasse no Brasil e sua manicure resolvesse não tirar sua cutícula alegando que a prática não é adequada. O que você faria?
LR – “Como assim, minha amiga? Vamos arrancar pele por pele. Quero a unha funda e linda”. Com certeza, falaria isso a ela (risos).
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