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Muito além do jogo da velha…
- 16/07/2013As hahstags criam nova forma de socialização e direcionamento de postagens nas redes sociais
Cláudia Guimarães, Laís Rocha e Victor Pinto
As tags são funcionalidades conhecidas no mundo cibernético. São palavras-chave que ajudam na organização e direcionamento de postagens em blogs, sites, portais e micro blogs, direcionando pesquisas e transformando-as em um campo de dados cujos conteúdos sinalizados pela “marcação” ou “etiqueta” ficam restritos. A função das hahstags se popularizou com a criação do Twitter, rede social originada em julho de 2006, onde os usuários podiam inserir o jogo da velha (#) antes de algum código dentro do campo dos 140 caracteres.
Além de demonstrar um termômetro de popularidade de determinados assuntos, através dos Trending Topics do Twitter, as hashtags voltaram a ser destaque com a adesão do Facebook à utilização da funcionalidade, também bem desenvolvida no Instagram, rede social voltada para fotografias e vídeos.
Além da etiquetação, o mestre em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutorando do PósCom/UFBA, Vitor Torres, explica que a utilização das hashtags representa um contexto de sociabilidade e interatividade. “Esse tipo de interação pode ser observada, por exemplo, no Instagram. Muitas das hashtags utilizadas para ‘etiquetar’ fotografias postadas no aplicativo não servem para identificar o conteúdo da imagem, mas sim inserir o usuário publicador em um círculo social que utiliza da mesma hashtag para ter alcance e visibilidade. Esse tipo de dinâmica visa o ganho de capital social para o usuário, não tendo o objetivo de auxiliar os sistemas de indexação”, disse.
Torres acredita que a capacidade de utilização das hahstags não se limita também a uma forma de divulgação e arquivamento. “As hashtags ajudam no desenvolvimento de uma web cada vez mais pautada na semântica, que se utilize da produção social para amplificar a capacidade de organização dos dados distribuídos digitalmente. A criação e desenvolvimento de sistemas inteligentes que consigam compreender e aprender com as hashtags produzidas pelos usuários, focando sempre na qualificação dos sistemas de arquivamento é um desafio atual, complexo e promete render muitos avanços”, ressaltou.
Marketing no jogo da velha – De olho na utilização dos usuários, Vitor acredita que há possibilidade de existir uma gestão de marketing das assessorias de Comunicação de grandes empresas voltadas para utilização do recurso. “É fundamental que empresas e marcas se atualizem e acompanhem as dinâmicas sociais online. Porém, a tentativa de estruturar regras é um erro comum entre profissionais que se arriscam nessa área. Novos costumes e objetos necessitam de novos métodos e olhares”, analisa.
Os nichos e as hahstags – As hahstags desenvolvem atividades semelhantes às redes de nicho quando direcionam o conteúdo apresentado pela pesquisa a assuntos afins e uma espécie de público alvo ou selecionador. É o caso da estudante de Bacharelado Interdisciplinar de Saúde da UFBA, Lahara Carneiro, que fez novas amizades após direcionar suas interações a assuntos do seu interesse.
Usuária do Twitter e do Instagram, Lahara considera a utilização das tags como uma forma organização de conteúdos. “Sou fã das hahstags. O simples uso do “jogo da velha” na frente de uma palavra que remeta a uma foto cria um tipo de organização, já que são milhares de fotografias e textos postados por segundo. Isso faz com que eu possa encontrar, com mais facilidade, imagens que tenham como tema algo que me interessa. Além disso, elas ajudam na divulgação. Eu mesma passei a seguir uma pessoa, que se não fosse através da hashtag que pesquisei, provavelmente nunca seguiria”, contou.
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