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É preciso reinstalar o sistema
- 21/11/2010O II Encontro Baiano Mulheres e Mídias discute mulheres e cultura digital e reúne ativistas, profissionais da comunicação e alunos da rede pública
Por Fernanda Aragão e Marília Moreira
O que as mulheres têm a ver com inclusão digital? Essa foi a pergunta que muitos dos participantes da segunda edição do Encontro Baiano Mulheres & Mídias Bahia fizeram. Realizado no dia 19 de outubro, na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA), o evento reuniu mulheres ativistas feministas, interessadas em comunicação e estudantes do ensino médio do Colégio José Barreto de Araújo Barros (do bairro de São Caetano) para discutir o acesso das mulheres à cultura digital e a garantia dos seus direitos.
Depois de um atraso de pouco mais de uma hora, o público foi introduzido no tema a partir de uma música cantada pela blogueira Mia Lopes – do blog Negra do Leite . A canção escolhida foi “Admirável Chip Novo”, da cantora Pitty: “Nada é orgânico, é tudo programado/ E eu achando que tinha me libertado/ Mas lá vem eles novamente/ E eu sei o que vão fazer:/ Reinstalar o sistema”. Após este canto de ordem, iniciaram-se as discussões.
Com o slogan “Eu blogo, tu blogas, ela twitta”, a segunda edição foi marcada por assuntos como a distinção entre o simples uso das redes sociais e da internet pelas mulheres e o uso consciente, político deste meio; a importância das mulheres tornarem-se programadoras, operadoras de sistema; a representação da mulher nos mais diversos veículos e produtos comunicacionais e as dificuldades na universalização da banda larga.
Todos estes temas foram contemplados nas palestras da professora doutora Graciela Natansohn, docente da Faculdade de Comunicação da UFBA e coordenadora do projeto de pesquisa e extensão “Mulheres e tecnologia: teoria e práticas na cultura digital”; de Julieta Palmeira, editora do Portal Vermelho; da jornalista e diretora executiva do Ceafro, Ceres Santos, de Pedro Caribé, integrante do Coletivo Intervozes.
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