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Games: formação ou vocação?
- 12/12/2011O mercado de produção de games está se expandindo no mundo e ganhando grande número de profissionais que buscam cada vez mais aperfeiçoamento na área. Mas o que conta mais: a formação ou a aptidão natural?
Por Bruno Brasil e Paula da Paz
O mercado de trabalho, atualmente, está cada dia mais difícil. Esta é uma frase cada vez mais ouvida, seja nas ruas, nas empresas e nos corredores das universidades. E com tanta concorrência, onde tem espaço no mercado, existe gente se especializando para ocupá-lo. Vale ousar nessa hora e investir em novas profissões, como a produção de games, considerada uma valiosa área no mundo moderno.
O faturamento do setor em 2011 está previsto em U$ 74 bilhões, segundo o relatório da empresa americana de consultoria Gartner. E a previsão para os próximos anos é ainda mais lucrativa: este setor pode alcançar a expressiva cifra de U$ 112 bilhões até 2015, ocupando o topo da lista de faturamento ligado à indústria cultural.
Engana-se quem acha que esse mercado é trabalho de criança. Para conseguir entrar nele, é fundamental ter grande experiência nas mais diversas áreas, uma vez que a produção de um game vai muito além de computação gráfica: envolve design, arte, programação, marketing, engenharia, etc. Até o jogo chegar ao cliente final, um longo caminho é percorrido.
Negócio de gente grande – O que antes era uma indústria voltada para o público infanto-juvenil, hoje é um negócio de gente grande. A prova disso é o seu público-alvo prioritário, que passou a ser adulto e, consequentemente, gasta mais com esta indústria. Além disso, com o boom das redes sociais e, mais atualmente, dos smartphones e tablets, o número de jogos existentes foi expandido consideravelmente.
Por ser um mercado ainda em expansão, o Brasil oferece poucas escolas especializadas e destinadas para a formação desses profissionais. Além disso, soma-se o fato de que todas as grandes produtoras de games se encontram nos EUA, Canadá e parte da Europa, o que leva para outros países os profissionais que desejam se dedicar à área.
Para quem deseja ingressar nesta área, uma das principais escolas do Brasil é a Saga – Scholl of Art, Games and Animation. Presente em várias capitais brasileiras, inclusive em Salvador, a Saga aposta na no aperfeiçoamento de profissionais para as áreas de games e animação. A escola oferece hoje basicamente dois cursos para quem pretende entrar na área de produção de games: um inicial, que busca aprofundar as aptidões gráficas do aluno, composta por módulos de produção gráfica, criação visual, ferramentas flash, modulação 3D, edição de vídeo e áudio; e o curso Playgame, especificamente para games, que ainda não chegou a Salvador, mas hoje já é oferecido na unidade de São Paulo.
A Saga é pioneira neste segmento no país, já tendo sido case de sucesso em diversas feiras especializadas do assunto. Só neste ano, foram apresentados treze jogos na Feira Anime Friends, realizada em julho deste ano, em São Paulo. E o foco não é mais apenas para jogos de computador, mas também para plataformas móveis. O crescimento do uso de smartphones e tablets recentemente impulsionou e motivou também o crescimento da sua produção.
Hoje já existem outras escolas do gênero, que oferecem cursos livres, cursos técnicos e até nível superior, como o curso de Design e Planejamento de Jogo, na Universidade Anhembi-Morumbi (São Paulo) , e graduação tecnológica, como Desenvolvimento de Jogos e Entretenimento Digital, na Unisinos (Rio Grande do Sul). No exterior, a consolidação e procura destes cursos é maior, em especial nos países onde se localizam as empresas produtoras de games, que não existem no Brasil, dificultando o crescimento da profissão aqui.
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A área, entretanto, não exige o rigor de qualquer formação tradicional. É o que informa Ronaldo Sales, professor do curso Saga e Gameplayer na unidade de Salvador – BA. Para ser design de games, ele diz, apenas é necessário o domínio das ferramentas e muita criatividade, além da paixão por jogos, é claro. Muitos profissionais da indústria de games começaram muito novos e ainda sem formação tradicional. Não há uma regra para a área, o importante é gerar diversão e lucro.
Leia:
Vencendo o Desafio: A produção de Games no Brasil