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Intercâmbio científico
- 07/12/2011Estudantes de iniciação científica trocam experiências no XXX Seminário Estudantil de Pesquisa, um dos eventos da Semana de Arte, Cultura, Ciência e Tecnologia
Por Fernanda Aragão e Marília Moreira
Oficinas, palestras, debates, feiras, workshops e apresentação de pôsteres. Eventos de diversas vertentes do conhecimento científico se espalharam pelas unidades da Universidade Federal da Bahia (UFBA) entre os dias 7 e 11 de novembro. A Acta 2011 – Semana de Arte, Cultura, Ciência e Tecnologia – movimentou a universidade e proporcionou um intercâmbio de ideias entre estudantes, professores e funcionários de diversas unidades de ensino.
O XXX Seminário Estudantil de Pesquisa também foi uma das atividades programadas para a Acta e aconteceu durante os três primeiros dias (7, 8 e 9 de novembro) de evento. Segundo Maria do Carmo Cabanelas, secretária do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), a frequência dos estudantes nas apresentações foi muito boa, apesar da chuva que atingiu Salvador no dia 8 e praticamente fez a cidade parar. “Neste dia, pela tarde, ultrapassamos um pouco o horário das apresentações, remanejamos algumas, mas a participação foi excelente”, afirma. De acordo com o documento da programação do evento, este ano, a UFBA ofereceu 986 bolsas de Iniciação Científica (Pibic) e de Iniciação Tecnológica. Deste total, 212 com recursos da própria universidade. O gráfico abaixo mostra o número aproximado de bolsas e cada instituição mantenedora.
Reprodução: Livro de programação do SEMPPG 2011
Durante o seminário, bolsistas e voluntários de grupos de pesquisa da graduação e pós-graduação da UFBA apresentaram seus trabalhos no PAF3, em Ondina. Cerca de 40 monitores, todos estudantes da universidade, cuidaram da organização e do tempo de cada comunicação, que não deveria ultrapassar dez minutos. Até 2010, o tempo máximo era 15 minutos, mas segundo a secretária do Pibic, Maria do Carmo Cabanelas, o aumento do número de estudantes apresentando trabalhos de pesquisa fez com que o tempo fosse reduzido. Ainda assim, o seminário que começava às 8h30 só era encerrado às 20h.
Nas salas, estudantes de diferentes cursos puderam trocar experiências e debater diversos temas. Em uma mesma sala, por exemplo, foi apresentado o processo de desenvolvimento de uma geleia de caju diet e, minutos depois, a discussão já girava em torno do que vem sendo publicado cientificamente sobre aborto legal.
O professor da Faculdade de Comunicação, Wilson Gomes, que assistiu à apresentação de sua orientanda Fernanda Soares, acredita que a realização deste tipo de evento seja muito importante. “Há muitas pesquisas sendo feitas na UFBA ao mesmo tempo, mas elas são conhecidas apenas pelos grupos e pelos orientadores, não são visíveis para o conjunto do corpo discente”, explica. Para Wilson Gomes, esta espécie de feira científica pode ser importante para ajudar a divulgar a pesquisa, descobrir vocações acadêmicas e favorecer o intercâmbio de conhecimento entre jovens pesquisadores, aspecto que ele considera importantíssimo. Entretanto, ele acredita que existem problemas na gestão e produção de eventos como este. “Este ano foi melhor produzido. Houve interrupção das aulas e teve mais visibilidade, mas, certamente, a frequência dos estudantes, professores e funcionários da UFBA foi muito baixa”. Outro problema apontado pelo professor foi na organização temática das apresentações de artigos e no tempo destinado a cada uma delas. “O tempo muito curto de apresentação não permitiu maior visibilidade aos trabalhos”, observa.
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