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Melhor prevenir do que remediar

- 11/12/2011

Inema libera banho em maioria das praias de Salvador, mas banhistas preferem mergulhar em áreas mais distantes do Centro

Por Alexandre Wanderley e Henrique Mendes

Com a retirada das barracas de praia, os banhistas têm preferido as praias mais distantes do centro (Foto: Lucas Albuquerque)

Embora o Instituto do Meio Ambiente da Bahia (Inema) aponte no site do órgão, semanalmente, que algumas praias de Salvador e da Região Metropolitana estão impróprias para banho, Eduardo Topázio, Coordenador de Monitoramento de Recursos Hídricos e Ambientais do Inema afirma que, em geral, as praias de Salvador são propícias a um bom mergulho.  Na verdade, Topázio indica que a poluição do mar da capital é comum em regiões da cidade onde a rede de esgoto é insuficiente, e em locais onde há ocupações irregulares próximas às praias. Fora destes contextos, os banhistas podem ficar despreocupados.

Entretanto, os apaixonados pelo mar de Salvador sentem-se inseguros em mergulhar em praias localizadas no centro da metrópole. De acordo com a estudante Bárbara Silveira, 21 anos, as praias de Salvador ficaram desertas com a saída dos barraqueiros, e este contexto influenciou que a limpeza destes locais também piorasse. “As praias estão vazias e, contraditoriamente, cada vez mais sujas. Eu e a minha família vamos mais às praias que ficam longe do centro de Salvador, pois percebemos que as areias e o mar estão mais limpos”, afirma.

A consultura jurídica Alane Cristina, 33 anos, também prefere frequentar as praias mais distantes do centro, a exemplo de Ipitanga e Flamengo. Entretanto, a advogada observa que a maior poluição percebida é gerada pelos próprios banhistas. “As pessoas não sabem se comportar nestes ambientes. Muitos levam alimentos para a praia, e abandonam os resíduos na areia”, constata.

O Coordenador de Monitoramento de Recursos Hídricos e Ambientais do Inema, Eduardo Topázio, diz que a consultora jurídica está correta. Segundo ele, a poluição das areias reflete os costumes dos banhistas em descartar lixo em ambientes inadequados. “Nós não queremos pagar pela limpeza, mas não deixamos de sujar”, ironizou.

De acordo com Topázio, a sociedade que deseja ter um saneamento de melhor qualidade tem que pagar. Muitos não podem arcar com estes custos e acabam, de certo modo, contribuindo para a poluição dos rios e, consequentemente, das praias. “Fora todas estas discussões, também precisamos refletir sobre os nossos consumos. Para se ter uma ideia, de 100 litros de água que usamos no dia a dia, 80% vira esgoto”, informa.

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