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A luta pela simples existência
- 11/06/2011A luta por uma classe que te ignora
Por Felipe Campos
“A gente consegue sobreviver”. É assim que o representante da chapa que hoje gere o Diretório Central Estudantil (DCE) da Universidade Salvador (Unifacs) responde, quando questionado sobre a verdadeira representação frente ao alunado da instituição. Ricardo Oliveira tem 28 anos e está no 8º semestre de Psicologia. Ele faz parte do movimento estudantil desde seu ingresso na Unifacs. Também é diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE) e tesoureiro da União dos Estudantes da Bahia (UEB).
Sua resposta reflete o que hoje representa o grupo de estudantes que decide levar à frente os diretórios de representação nas maiores instituições privadas de ensino superior na capital baiana. Seja na Unifacs, na Unijorge, na Universidade Católica do Salvador (UCSal), a discussão sempre mostra que, por trás do engajamento, sempre há um lamento de frustração pelo não reconhecimento da classe. “É reflexo do atual momento também. A instituição particular tem aquele viés, se você está pagando pelo curso, a discussão fica pragmática. É sempre a respeito da questão financeira. O que pode ser melhorado pelo que você paga”, explica Ricardo.
Na Unijorge, a diretora de Comunicação do DCE, Shérida Jana, faz coro com o colega de outra instituição e acrescenta: “A Unijorge é uma faculdade elitizada, de certa forma. A maioria é o pessoal que tem dinheiro para pagar. Por questão financeira não precisa contestar que as mensalidades estão altas. É uma coisa muito difícil de entrar na movimentação, como fazem na UFBA, na UNEB”,compara.
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