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Caos: palavra que define o trânsito em Salvador
- 04/02/2013Buracos, engarrafamento, falta de fiscalização e estresse. A volta ao funcionamento dos fotossensores retoma a discussão dos diversos problemas não resolvidos
Iasmin Sobral e Rita Barbosa
O trânsito de Salvador está cada vez mais caótico. O aumento do número de automóveis não foi seguido por melhorias nas redes viárias e, tampouco, no incentivo a um transporte publico de melhor qualidade. Com facilidades cada vez maiores, os soteropolitanos estão preferindo adquirir um carro próprio – mesmo tendo mais gastos – se isso significar comodidade, conforto e, na maioria das vezes, rapidez para chegar ao seu destino.
Contudo, tanto aqueles que possuem carro quanto os que utilizam ônibus ou se locomovem a pé sofrem com a má qualidade e deterioração das vias, sinalização precária ou inexistente, desrespeito às leis de trânsito, fiscalização deficiente por parte dos órgãos responsáveis, engarrafamentos constantes e diários, entre outros problemas.
A discussão dos problemas do trânsito de Salvador entra em pauta novamente com a volta ao funcionamento dos fotossensores. Após quase um ano e meio sem fiscalização por problemas licitatórios, os radares da cidade estão sendo aferidos pelo Inmetro e, se liberados, voltam à ativa imediatamente. Pelo menos é o que afirma o novo superintendente da Superintendência de Trânsito e Transporte de Salvador (Transalvador), Fabrizzio Muller Menezes.
“Os equipamentos estão parados por causa do fim do contrato com a empresa responsável, a Eliseu Kopp (…) assinamos o contrato licitatório sexta-feira, 11, com isso, os fotossensores voltam a funcionar imediatamente. (…) À medida que acontecer a aferição do Inmetro, os equipamentos são liberados”, conta.
Dificuldades: O novo gestor reconhece que os problemas que o órgão vem passando, como falta de recursos financeiros e reduzido número de veículos, prejudicam o controle e fiscalização necessários. “A Transalvador se encontra em situação de calamidade, com poucas viaturas e equipamentos obsoletos. Mas pretendemos colocar as blitzes para funcionar de maneira periódica e regular”, disse. Fabrizzio ainda complementa afirmando que isso não pode ser desculpa para não trabalhar e que as medidas emergenciais já começam a ser tomadas.
Blitzes da Lei Seca: Com as mudanças da Lei Seca, o motorista que for flagrado dirigindo alcoolizado terá o direito de dirigir suspenso por um ano, além de pagar uma multa de R$ 1915,40. Segundo o superintendente da Transalvador, as blitzes serão cada vez mais freqüentes, assim que normalizada a situação problemática do órgão, com aquisição de novas viaturas e aumento de pessoal.
Insegurança: Além disso, se cria também uma sensação de impunidade, em que motoristas e pedestres podem infringir as leis sem sofrer as devidas conseqüências. Rafaela Mustafa, estudante de administração da faculdade Ruy Barbosa, confirma essa ideia.
“Vejo muitas infrações, invasão de semáforos fechados para os motoristas, pedestres atravessando fora da faixa… Quase nunca presencio motoristas cedendo passagem na faixa de pedestres. Sem falar nos ônibus, sempre em alta velocidade, fora da sua faixa exclusiva e desembarcando o passageiro fora dos locais adequados”.
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