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A mulher avança na pesquisa científica

- 13/07/2011
Dados estatísticos do censo de 2008 realizado pelo CNPq mostram crescimento da participação da mulher na produção científica na BahiaPor Edna Matos e Avana Cavalcante 

A Secretaria de Políticas para Mulheres, ligada ao governo federal, junto com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério da Educação têm investido em programas de incentivo a cientistas mulheres, com o objetivo de estimular a produção científica e a reflexão acerca das relações de gênero, mulheres e feminismos no país, além de promover a participação das mulheres no campo das ciências e carreiras acadêmicas.

Entre eles, destaca-se o Programa Mulher e Ciência que, entre outras coisas, premia desde redações de alunos do ensino médio até artigos científicos de doutorandos, todos discutindo a construção de igualdade de gênero. Outro exemplo, é a versão brasileira do prêmio “Mulheres na Ciência”, promovido pela Unesco em parceria com a empresa de cosméticos L’Oreal, que dá anualmente bolsas de US$ 20 mil para jovens cientistas mulheres em diversas áreas do conhecimento.

Talvez devido a estas ações, dados estatísticos recentes, divulgados pelo último censo do CNPq, em 2009, demonstram avanço nas conquistas da mulher nos meios acadêmico e tecnológico da Bahia. Dos seis mil pesquisadores cadastrados em 1.090 grupos de pesquisa, 52% são mulheres, representando um avanço quando comparados com o censo de 2000, em que a participação da mulher era de 48%.

Em relação à titulação, a mulher baiana também tem demonstrado um bom desempenho chegando a evidenciar um crescimento no número de doutoras cinco vezes maior em dez anos. Quando a leitura recai sobre o indicador Coordenadores de Grupos de Pesquisa, o percentual de mulheres em posição de liderança é de 51% o que mostra que mesmo ao galgar as posições acadêmicas mais altas, tradicionalmente ocupadas por homens, as dificuldades estão sendo vencidas. Vale ressaltar que, em nível nacional, apesar do crescimento do número de pesquisadoras, elas ainda são minoria e este desempenho também não se reflete na liderança dos grupos.

Financiamento: Ainda no cenário estadual, a Bahia possui alguns órgãos de fomento à pesquisa em iniciação científica e tecnológica através da Secrataria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) (http://www.fapesb.ba.gov.br/). Ambas já lançaram juntas, no primeiro semestre de 2011, seis editais, disponibilizando cerca de R$ 30 milhões para o estímulo à pesquisa.

A Fapesb, desde 2002, promove o fomento à pesquisa em mais de 30 instituições baianas, públicas e privadas, que vêm sendo beneficiadas com recursos do Programa de Bolsas (Progbol) com o esforço de difundir o desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação no Estado. Algumas destas Instituições desenvolvem pesquisa científica e tecnológica de ponta através de recursos humanos altamente qualificados, como é o caso da UFBA e dos Centros de Pesquisa como da FIOCRUZ‐BA, a Embrapa, o EBDA, dentre outras.
Nos últimos anos, o apoio através do Programa tem contribuído significativamente para viabilizar a Política Estadual de Ciência Tecnologia e Inovação, que pode ser percebido através de levantamentos estatísticos recentes, que demonstram o crescimento significativo dos cursos de pós-graduação, da fixação de jovens doutores e do interesse cada vez maior dos jovens pela iniciação científica, nas diversas Instituições de Ensino e Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado. Em 2010, foram aplicados, aproximadamente, R$ 24,4 milhões no programa. Porém, o Relatório Anual publicado no site da Fapesb desconsidera o panorama da distribuição de auxílios de bolsas por gênero.

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