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Afinal, o que os servidores querem?
- 11/07/2011Governo não cumpre acordo feito em 2007 e pode deixar servidores fora do orçamento público de 2012
Por Joseanne Guedes
Os servidores técnico-administrativos das universidades federais brasileiras decidiram paralisar as atividades após entender que o orçamento das metas e prioridades públicas do ano de 2012, previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), poderia ser aprovado sem destinação de recursos para a carreira. Com a suspensão da greve prevista para o dia 14 de julho, a categoria tem a chance de negociar itens do acordo firmado com o governo desde 2007 que não foram atendidos, a exemplo do reajuste salarial e da abertura de concursos públicos.
Para seguir o calendário nacional de mobilizações da categoria, os técnico-administrativos realizaram arrastões políticos nas unidades de trabalho, marchas em Brasília que movimentaram mais de sete mil servidores, de 32 entidades. Com a reabertura das negociações junto ao Governo Federal entre os dias 7 e 12 de julho, os comandos de greve diminuíram a intensidade das movimentações, orientados pela Fasubra Sindical, federação que representa cerca de 180 mil trabalhadores brasileiros na negociação. O dirigente nacional da entidade, João Paulo Ribeiro, afirma que a categoria luta, acima de tudo, por uma universidade de qualidade. “As condições atuais das universidades só poderão ser alteradas com políticas efetivas e a valorização dos servidores”.
Na Bahia, os seis mil trabalhadores reivindicam pela Campanha Salarial 2011, o piso de três salários mínimos, racionalização de cargos, reposicionamento de aposentados, mudança no Anexo IV (incentivos de qualificação), devolução do vencimento básico complementar absorvido, isonomia salarial e de benefícios, contra a terceirização, revogação da Lei nº 9.632/98, que dispõe sobre a extinção de cargos no âmbito da Administração Pública Federal direta, abertura imediata de concursos públicos para substituição da mão de obra terceirizada em todos os níveis da carreira para as áreas administrativas e dos Hospitais Universitários (HU’s) e extensão das ações jurídicas transitadas e julgadas.
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