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Álbum da Copa é brincadeira de adulto
- 26/05/2014Não é de hoje que o álbum da Copa do Mundo de Futebol cai no gosto dos colecionadores mais velhos
Carlos Eduardo Brandão
A paixão pelo futebol extrapola as quatro linhas do campo. No mundial de seleções, o tradicional Álbum da Copa vira febre entre os mais velhos. O hábito, taxado como infantil por muitos, já se tornou brincadeira de adulto.
Os mais velhos consideram colecionar figurinhas uma questão de honra, principalmente quando a Copa do Mundo acontece em seu país. Aí vale organizar trocas online, utilizar redes sociais para postar a numeração dos cromos que faltam, contar com uma ajuda do dono da banca e marcar encontros com outros colecionadores para completar o livro, vendido em 120 países.
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Adultos trocam figurinhas em encontro de colecionadores marcado pelas redes sociais. Fonte: Luiz Macedo Costa
Os encontros, anteriormente feitos somente para crianças, foram dominados pelos adultos. A movimentação começa nas redes sociais, onde é definido o local, o horário e as regras da reunião. O estudante Matheus Andrade, de 21 anos, conta que ficou sabendo dos encontros através de um amigo e que o evento facilitou conseguir alguns cromos não encontrados nos pacotes comprados na banca. “Além de achar por volta de 200 figurinhas que não tinha, em muitos momentos me livrei de algumas repetidas, duplicadas ou triplicadas”, explica.
Entre os mais velhos, há quem descubra outros métodos para completar a coleção de maneira rápida. Na procura pelos 623 cromos, Larissa Barreto, 25, convidou a irmã Palloma Barreto, 23, para colecionar em dupla. Larissa afirma que gasta menos dinheiro com a parceria, além de manter viva a tradição futebolística na família.
Apesar da tática das irmãs, montar o álbum individualmente ainda tem a preferência dos colecionadores. O servidor público Rodolfo Mendonça, de 30 anos, incomoda-se com o fato de o hobby não ser taxado como atividade para adultos. “Infantilidade é conceituar algo histórico como o álbum, que agrada quem gosta de Copa do Mundo e futebol, como exclusivamente feito para crianças”, argumenta Rodolfo.
Com os mesmo 30 anos, o analista de sistemas Thales de Almeida também acha que não tem idade para ser colecionador. Thiago avisou que já completou o álbum de 2014, enquanto trocava figurinhas em um bar de Salvador. Para o público infantil e ou adulto, às vésperas da Copa do Mundo, o álbum virou febre em Salvador, uma das cidades-sede da competição. De acordo com a Panini, empresa responsável pela confecção dos cromos, mais de 8 milhões de álbuns foram distribuídos pelo Brasil, número suficiente para agradar o público de todas as idades.