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Ambulantes Padrão FIFA

- 20/05/2014

Trabalhadores cumprem um conjunto de determinações para atuar durante os jogos da Copa em Salvador

Thaíse Reis

 

Em Salvador, vendedores ambulantes já fazem parte da rotina. Eles estão nas praias, nas ruas, nos ônibus e também nos estádios de futebol em dia de jogo. Durante as partidas da Copa do Mundo de Futebol da Fifa, apenas 500 dos ambulantes atuarão no entorno da Arena Fonte Nova. A restrição está de acordo com determinações da Fifa para garantir a organização do evento e evitar ação de cambistas, presença de vendedores sem licença, entre outras atividades consideradas ilegais.

Ambulantes trabalham nos arredores da Arena Fonte Nova. Fonte: Patrick Silva

Padrão FIFA – A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) e o Escritório Municipal da Copa do Mundo (Ecopa) são responsáveis por garantir que se cumpram as exigências da Fifa na capital baiana. A Semop estabelece o número de trabalhadores que atuarão no entorno da Arena, baseando-se na quantidade de pessoas que costumam trabalhar no local durante outras partidas e organiza o cadastramento dos interessados. O Ecopa distribui os comerciantes informais pelos pontos determinados. A assessora especial do Ecopa Liana Oliva explica a divisão. “Até agora, já foram definidos 345 pontos fixos, que são locais onde é possível a comercialização sem atrapalhar o fluxo de pessoas, o trânsito e as demais atividades”, afirma.

Segundo Portaria publicada pela Prefeitura no dia 9 de maio, os ambulantes cadastrados precisam pagar R$ 120,61 pela licença, para trabalhar durante as seis partidas da Copa em Salvador. Já licenciados, recebem, assim como na Copa das Confederações em 2013, um kit contendo colete, boné, sombreiro, um isopor em tamanho padrão e o crachá de identificação com numeração igual a que estará no ponto que lhe foi disponibilizado, de modo a evitar a circulação em áreas não permitidas ou em espaços reservados a outro vendedor.

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A Fifa impõe condições na comercialização de produtos: não há autorização para a venda de alimentos e está liberada somente a de bebidas – água, cerveja e refrigerante – das marcas Coca-Cola e AMBEV, patrocinadoras oficiais do evento. Apesar do número de trabalhadores limitado e da exigência de venderem apenas os produtos licenciados, o presidente da Associação do Trabalhador Informal de Salvador (Assinformal), Arismário Barreto, considera as imposições necessárias. “De certa forma, é importante este limite para organizar, não encher muito nem atrapalhar o trânsito”, opina.

Expectativas – A assessora especial do Ecopa estima que a adesão dos trabalhadores informais nos jogos do Mundial será maior quando comparada à Copa das Confederações. “Os vendedores não se interessaram muito porque era um evento de menor proporção. Foram 400 vagas, mas só se credenciaram cerca de 120. Acredito que na Copa do Mundo vai ser diferente, eles já têm mais interesse”, avalia.

Para Barreto, a maior dificuldade enfrentada pelos vendedores regularizados durante a Copa das Confederações foi disputar o espaço com outras pessoas, sem licença para vender e que invadiram o local restrito. “Tivemos muitas queixas do pessoal por causa dessa invasão, mas todos os que trabalharam no ano passado agora querem trabalhar na Copa do Mundo”, afirma.

Durante os jogos, agentes da Semop, da Vigilância Sanitária e do Ecopa fiscalizam o comércio informal e verificam se os comerciantes respeitam as determinações. Caso sejam encontradas irregularidades, as punições são perda imediata do credenciamento, apreensão do material de trabalho e multas que vão de R$ 64,72 a R$ 129,44.

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