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Autoral X Cover

O que pensam sobre outra grande polêmica do rock baiano músicos envolvidos no cenário cover

 Clara Marques e Sara Regis

“A questão é que a opção não é assim tão simples: cover ou autoral. Um projeto autoral exige uma maturidade e segurança que chegam com o tempo, nem todo mundo está ainda com suas composições e ideias tão prontas e firmes a ponto de investir nesta carreira, pelo menos no momento atual. Tocar cover também traz bastante crescimento: você tem que ser versátil, trabalhar com diferentes músicos e sons, reproduzir diferentes estilos e personalidades e isto sempre foi e sempre será o estudo do músico: aprender com o que já existe, ninguém tira algo de lugar nenhum e tudo é fruto de uma leitura e toque pessoal de cada pessoa. Pode perguntar a qualquer grande gênio, todos tiveram seus ídolos e suas inspirações.”
Jorge Chichôrro

“Essa polarização entre autoral e cover, na minha maneira de ver, deixa um certo demérito artístico implícito no trabalho autoral. Vejo muita gente repetindo esse discurso por aí, às vezes até em tom de “meu trabalho é autoral, gente! Vamos prestigiar!”. E acho que isso, por si só, acaba desmerecendo o trabalho e a dedicação do artista. Acho que o lance é procurar fazer seu trabalho com a máxima dedicação e com um amor incondicional por isso, antes de tudo. O fato de ser autoral ou cover muito provavelmente vai exercer influência, ainda que em um primeiro momento, no retorno de mercado, como percebemos na prática. Mas acho que o primeiro esforço para tentar valorizar e profissionalizar os trabalhos tem que partir dos artistas”.
Eric Assmar

“A relação trabalho autoral x trabalho cover para mim não existe. É como comparar laranja com banana. São propostas diferentes. Entreter as pessoas com músicas de outros artistas é um nicho. Entreter as pessoas com músicas próprias é outro. Pelo menos para mim entendo assim. Acho que isso é controverso. E afinal, se os Beatles fizeram cover, por que eu não faria?”
Ricardo Sato

Mas aí já é assunto para outra matéria…

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– O que falta