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Câmbio em alta

- 15/05/2014

Regras da Fifa intimidam, mas não conseguem barrar o comércio informal de ingressos da Copa do Mundo de Futebol de 2014

Júlia Moreira

 

A prática do “cambismo” é considerado crime contra a economia. Segundo o artigo 41-F do Estatuto do Torcedor, quem vender ingresso de evento esportivo por preço superior ao impresso no bilhete, terá pena de reclusão de um a dois anos e pagará uma multa. Apesar de ser uma prática ilegal, as leis federais e regras impostas pela Fifa não conseguiram barrar o comércio informal, que segue presente na Copa do Mundo, mesmo que mais discreto.

Os ingressos são oferecidos por terceiros com preços que representam lucro de até 400% acima do valor inicial da compra. Um ingresso adquirido por cerca de R$ 300 pode sair por R$ 1200 em ofertas apresentadas em uma rede social. Mais de seis mil pessoas fazem parte do grupo que reúne revendedores e possíveis compradores de todo o país. “Vou ter que apelar para os cambistas. Não queria comprar por um preço muito maior do que o da Fifa porque preciso de dois ingressos, mas é a minha única chance de ver um jogo em Salvador”, disse o estudante Vítor Andrade, que busca bilhetes para a partida entre França e Suíça.

Apesar da procura, a compra ilegal levanta dúvidas e suspeitas dos torcedores e dos próprios cambistas. Miguel Aguiar é cambista há cinco anos e revende ingressos de partidas de futebol em Salvador. As dificuldades impostas pela Fifa o fizeram a repensar se compraria ou não ingressos para as partidas do mundial, mas não o impediram de tentar lucrar. “Resolvi arriscar, pois sempre arranjamos um jeito de vender. A procura está muito grande, mas só tenho em pouca quantidade porque não quero perder dinheiro se algo der errado na transferência”, afirmou Miguel, que só tem ingressos para duas das seis partidas realizadas na Arena Fonte Nova.

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Ingressos oficiais da Copa do Mundo de Futebol 2014. Fonte: Júlia Moreira

Mesmo com as ofertas, ainda há alguns torcedores que preferem não arriscar a compra ilegal. O estudante Luiz Henrique Almeida gostaria de assistir a partida da fase de grupos entre Alemanha e Portugal, em Salvador, mas não conseguiu o ingresso pelo site oficial. “Eu cheguei a entrar no grupo do Facebook para tentar comprar, mas os preços estavam absurdos e fiquei com medo de sofrer algum tipo de golpe durante o processo de transferência de nome na Fifa”, afirmou Luiz. Entre as ofertas que encontrou no grupo para o jogo da sua preferência, os valores estão acima da média. “Sou estudante e não tenho dinheiro para pagar o preço que estão me cobrando”, completou.

Cada ingresso comprado oficialmente deve vir com os dados da pessoa que o adquiriu e a permuta para outro nome só pode ser feita através da plataforma on-line de transferência, disponibilizada no site da Fifa. As regras são rígidas também para a revenda que só pode ser feita pelo portal oficial, assim como a transferência de portador. Para o procedimento, uma taxa de 10% do valor pago é cobrada.

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