Por Edely Gomes e Marina Teixeira

A construção do estádio da Fonte Nova segue em ritmo acelerado. São 22 horas de trabalho ininterruptas por dia para deixá-lo pronto até o dia 15 de junho de 2013, início da Copa das Confederações. Entretanto, até agora, esta parece ser a única obra que está em andamento. Todas os outras frentes, que envolvem especificamente mobilidade urbana, estão paradas ou ainda nem começaram. São exatamente estas obras que podem deixar um legado de desenvolvimento para a cidade.

O principal projeto unificado envolve a integração de, pelo menos, cinco meios de transporte: VLT, BRT, metrô, trens do subúrbio e ciclovias. Estes planos pretendem trazer veículos modernos, velozes e com menos impacto ambiental para Salvador e, definitivamente, colocar a cidade na rota do futuro. O problema é o ritmo de tartaruga da apresentação, aprovação e execução das obras.

Enquanto isso, boa parte da população nem sabe que este planejamento existe.  Tatiane Barbosa é vendedora de acarajé. Ela pega ônibus todos os dias na Estação Mussurunga para ir à Estação Pirajá e, embora a filha tenha uma moto, não tem outra alternativa de transporte senão os ônibus que saem da estação. Ela desconhecia as discussões sobre ciclovias e, quando perguntada se utilizaria bicicletas para fazer seu percurso, ela responde com descrença: “Vamos ver, né. Quando ficar pronto, eu te digo”. A falta de fé tem procedência. Após 12 anos de espera, o metrô ainda não transportou nenhum passageiro.

Prazos e preços – Segundo a Assessoria de Comunicação da Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia, a estimativa de conclusão do Termo de Referência é 31 de outubro e, até o dia 31 de dezembro, o governo do estado pretende contratar a empresa ou consórcio que irá construir e operar o sistema de transporte público metropolitano entre os municípios de Lauro de Freitas e Salvador. “O custo total das obras será de R$ 3 bilhões”, completa.

Veja o que foi previsto para os meios de transporte em Salvador

Infografia: Edely Gomes

 

 

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