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Coletivos solidários realizam melhorias em praças e canteiros

- 11/03/2013

Foto divulgação Canteiros Coletivos

Ações de melhoria de áreas verdes alteram a paisagem de espaços urbanos

Taís Santana

Movimentos ativistas em prol da preservação de áreas verdes através do cultivo de mudas de plantas estão crescendo nas grandes cidades. A iniciativa conhecida por jardinagem ativista ou jardinagem de guerrilha tem ganhado força em diferentes locais do mundo, com voluntários que promovem o cultivo de ideias sustentáveis em meio às selvas de pedra.

Com uma enxada na mão e um punhado de terra na outra, eles causam verdadeiras mudanças nos locais onde vivem e remodelam a paisagem local. É um fenômeno essencialmente urbano de ocupação dos espaços públicos, muitos deles abandonados e degradados, promovendo uma nova roupagem nessas áreas. Os voluntários se engajam nas questões sociais e ambientais dos locais onde convivem, mas não são ligados a partidos políticos de nenhuma natureza. Utilizam as redes sociais como forma de divulgação e promoção dos encontros e seguem suas convicções em busca de um mundo mais sustentável.

Canteiros Coletivos – Em Salvador, um movimento parecido se estrutura em alguns bairros. É o Canteiros Coletivos, uma iniciativa cidadã de promoção de ações de limpeza e plantio em praças, canteiros e até terrenos baldios. Criado em 2012, o projeto cresce na medida em que se organiza nas redes sociais e através do boca a boca. Mas, a intenção é formar grupos localizados entre os moradores dos bairros conscientes do papel social e que atuem para a manutenção dos espaços públicos de forma autônoma. Essas ações criam espaços de socialização entre os moradores do bairro.

Atualmente, os encontros para manutenção das áreas verdes acontecem no Rio Vermelho, Gantois, Solar Boa Vista, Valéria e Canela. “Não somos grupos de intervenção de plantio. Os moradores precisam entender que eles precisam criar uma relação com os espaços a partir de vivências, de experiências. E precisam manter isso vivo”, afirma Débora Didonê, organizadora do movimento. Nesses coletivos organizados, as ideias surgem a partir dos interesses dos participantes e não de entidades públicas. O “Canteiros Coletivos”, por exemplo, foi procurado por alguns órgãos públicos municipais, mas Débora Didonê explica que a prefeitura tende a querer pautar as necessidades e a forma de atuação dos coletivos: “O grande problema é que temos que repensar as relações com a gestão municipal, na qual a prefeitura delibera e os moradores acatam. A mudança é pensar uma nova atitude na qual os moradores irão gerir os espaços públicos de seus bairros a partir do que precisam”.

Outros estados também têm cidadãos atuando afinados com a ideia da jardinagem de guerrilha. Em São Paulo, moradores da Lapa e adjacências integram a iniciativa “Boa Praça”, um diálogo com vizinhos, instituições, entidades e poder público com o objetivo de revitalizar lugares abertos e transformar as praças em espaços educativos. Outro movimento atuante na megalópole é o “Mão na Praça”. Com a proposta de valorização do meio ambiente, repensam novas formas de uso para as áreas verdes. A iniciativa prevê tornar as praças frequentadas.

Essa tendência de melhoria de espaços públicos viabiliza lugares para convívio dos cidadãos e altera a visão de quem passa por esses locais. Um fenômeno que promete grande crescimento em meio a uma nova onda que vem surgindo de ações sustentáveis em todo o mundo.

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