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Copa do Mundo sub-18

- 19/05/2014

Escolas apresentam questões relacionadas ao evento para crianças

Gislene Ramos, Jéssica Nascimento e Thalita Lima

 

Desde crianças, a maioria dos brasileiros naturaliza o futebol como parte da sua cultura. Quando as escolas ficam enfeitadas com bandeirolas em verde e amarelo e os alunos saem de rosto pintado com as cores do Brasil, são indícios de que o ano é de Copa do Mundo de Futebol da Fifa. “Copa do Mundo?”. Os pequenos entrevistados estranham: muitos ouvem falar disso pela primeira vez.

“Ah, sim, é o maior campeonato brasileiro de futebol”, diz Emmanuel Santana, 12 anos. “Acho que são uns 5 países”, chuta o irmão, Aleksander Santana, de 10 anos, sobre o número de seleções participantes. “Mas eu vou torcer para o Bahia!”, brinca. Com opiniões e conhecimentos diversos, as crianças compreendem o evento mundial de acordo com as influências que recebem, especialmente na escola.

Com o ideal de informar à comunidade sobre os impactos sociais, culturais e econômicos da Copa na cidade através dos colégios, o Escritório Municipal da Copa em Salvador (Ecopa) e a Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer (Smed) lançaram o programa Todos Rumo à Copa do Mundo Fifa.

O programa foi inaugurado na Escola Municipal Francisco Leite, no bairro de Águas Claras. “O Ecopa trouxe uma espécie de museu para a escola, que ficou durante uma semana com várias coisas da Copa do Mundo (como reportagens) e culminou no lançamento dessa exposição. A gente alimenta o mural através dos alunos, cada sala fica responsável por uma pesquisa”, disse a diretora do colégio Maria Adelma Lins.

Mural da Copa da Escola Municipal Francisco Leite. Fonte: Thalita Lima

Segundo Adelma, os professores são orientados a levar para a sala de aula a discussão sobre os efeitos da Copa, mas os estudantes desenvolvem um discurso mais crítico graças ao convívio familiar. “Alguns até falam: ‘eu não vou torcer para o Brasil não, pró. Tá faltando médico, tá faltando isso, tá faltando aquilo. O prefeito não vai mandar nossa merenda não?’, comenta.

Nos meses da realização da Copa, a escola participa de um intercâmbio com 50 crianças francesas que permanecem uma semana no colégio e participam de um passeio pelo Pelourinho com a mesma quantidade de estudantes brasileiros. Segundo a diretora, o principal desafio é o da comunicação. “Só tem um professor que fala um pouco de francês”, diz.

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O professor Marcos Neira, da Faculdade de Educação da USP e do Grupo de Pesquisas em Educação Física Escolar, acredita que é preciso focar na instrução dos professores para lidar com o tema. O pesquisador montou um curso com professores do ensino infantil ao médio para que possam trabalhar o tema com ações e realizar campeonatos de futebol.

“O curso tem como proposta analisar criticamente a Copa do Mundo com a intenção de colaborar com a elaboração e desenvolvimento de atividades de ensino que proporcionem aos estudantes outros olhares (menos ufanistas) sobre o evento”, explicou o professor. Para Marcos, é papel da instituição escolar promover atividades mais aprofundadas de análise. “E isso não pode acontecer reproduzindo as representações que circulam na mídia, na família e na roda de amigos”, explica.

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