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Copa esquenta sul do estado durante inverno
- 14/05/2014Émille Cerqueira e Susana Rebouças
A preparação nos bares da cidade de Valença para a Copa já começou. As ruas ainda não estão prontas, faltam as tradicionais bandeirolas e o toque verde e amarelo dos confetes para a cidade declarar a torcida pela seleção. Mas a população já começa a se organizar para marcar os locais onde irão assistir aos jogos, principalmente no Bar do Pepino, um dos mais famosos da cidade.
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“Na última copa vi vários jogos, mas sem pré-agendamento. Há um bar aqui perto onde a maioria do pessoal costuma se reunir para assistir aos jogos (o Bar do Pepino). Provavelmente irei para lá”, afirma Lucas Oliveira, estudante de direito da Uneb e residente de Valença. É evidente que a torcida na Copa será praticamente, senão toda, destinada ao Brasil, “mas por conta dos campeonatos europeus serem muito acompanhados pelos jovens, algumas seleções terão um tratamento diferenciado em relação às torcidas, como Espanha, Itália, Inglaterra, Argentina e Portugal”, opina Lucas.
A prefeitura ainda não se manifestou a colocar telões para a população assistir aos jogos, mas Lucas afirma: “se o Brasil vier a ser campeão provavelmente teremos trios elétricos aqui em Valença”. Não só pelo trio, mas as pessoas já se mostram na torcida desta vitória da seleção.
Em Jequié, centro-sul baiano, não está diferente. Os amigos Henrique Esquilo, Eulla Menezes, Rafaela Gomes e Thiago Souza vão se reunir pela primeira vez para assistir a Copa do Mundo. A escolha de permanecer na cidade ocorreu, além de questões financeiras, porque o grupo não terá folga das aulas, como a maioria das pessoas na capital baiana, e precisarão dividir o tempo entre as torcidas e os estudos. Segundo Rafaela, como este é o primeiro ano do grupo reunido, “nós assistiremos em um bar onde costumamos ir juntos. É bom porque é um lugar conhecido e dá para aproveitar a carona”.
“A prefeitura costuma exibir, na praça principal, os jogos em telões. Mas este ano não sabemos como vai ser”, conta Henrique. Sobre a possível vitória do Brasil, Henrique revela que “alguns participantes do grupo estão torcendo contra a Seleção Brasileira, porque acreditam na compra da vitória. Mas o patriotismo fala mais alto e eu estou pronto para sair louco, gritando que este foi nosso”. A torcida de Thiago também é pelo Brasil. “Só o Brasil. O resto não tem vez!”, explica.
Seu Adenor Oliveira, conhecido como Déo, é dono do bar Churrasquinho Universitário e conta que quando se trata de Copa algumas pessoas aparecem no bar, “mas quando é jogo do Brasil, ninguém fica em casa!”.