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De noiva à casamenteira
- 09/09/2013Depois de casar no Capão, psicóloga começou a celebrar casamentos e se tornou referência em cerimônias alternativas
Desde que se casou no Vale do Capão, em 1997, a psicóloga Aida Baruch, 51, virou referência em celebrar cerimônias de casamento alternativas. “Nossa experiência foi tão significativa que fui estudando cada vez mais sobre os rituais e tenho conduzido várias cerimônias semelhantes para pessoas queridas”, diz. Ela prefere chamar seu próprio casamento, com o também psicólogo José Wellington Resende, de “ritual”. Isso porque a ideia surgiu em meio a um workshop de um casal de terapeutas irlandeses, Craig Gibson e May East.
“Nós nos conhecemos em outro workshop deles, três anos antes. Dessa vez, eles estavam desenvolvendo um novo trabalho na comunidade de Lothlorien, com o tema de Ritos Culturais de Passagem”. Quando um casal de amigos que também participava do workshop, se ofereceu para o ritual do casamento, os dois também se interessaram.
“Ficamos muito tocados pelo que vimos, porque tinha coincidências. Era mais um trabalho com o casal, no mesmo local em que trocamos o primeiro beijo”. Mesmo sem a presença de familiares, Aida e José quiseram selar o compromisso. Nada foi programado. O registro foi feito por um dos participantes do curso, que tinha uma câmera. Já os padrinhos foram escolhidos entre os amigos presentes. Da mesma forma, o casal nem precisou se preocupar com o bolso, porque não tiveram nenhum tipo de gasto.
A decoração do espaço foi feita por todos os participantes do curso. “Foi uma surpresa para nós dois. Para o meu cabelo e o buquê, meu marido pediu flores aos moradores do Vale. Foram colhidas no jardim deles”. Os trajes dos dois foram escolhidos entre o que levaram por acaso. Ela usou um vestido de estampa floral, enquanto ele vestiu branco. “Nunca na minha vida eu havia pensado que pudesse existir um casamento diferente do tradicional, que tivesse tanta alma e significado. Foi muito diferente daquela manifestação exibida e fria que eu estava acostumada a ver”, opina.
