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Dispositivos móveis facilitam a produção de matérias fora da redação

- 04/07/2012

Produção para a internet dá espaço para um novo produtor de conteúdo: o leitor

Camila Giuliani e Fernanda Soares

Não só o comportamento das pessoas mudou com a facilidade de se ter um smartphone. Os dispositivos móveis, que nos permitem comunicar com muitas pessoas ao mesmo tempo, com instantaneidade e através de diversas plataformas, também dão a possibilidade do jornalismo ser mais rápido e móvel, com maior facilidade para a cobertura e envio das matérias.

O chamado jornalismo móvel conta com as facilidades trazidas pelo desenvolvimento da tecnologia para ter mais mobilidade de cobertura. “Em metrópoles como Salvador, Rio e São Paulo, em que os deslocamentos dificulta o processo de produção, em que o repórter leva horas para retornar à redação para finalizar sua matéria, uma redação móvel permite toda a articulação dessa produção (apuração, edição e distribuição) de forma remota”, diz Fernando Firmino, professor de Jornalismo da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).

A utilização desses dispositivos pelos sites e portais de notícias, na produção das suas matérias, presenteia o leitor com o que mais se preza hoje: instantaneidade. Firmino cita a iniciativa do Extra Online, do Rio de Janeiro, como um bom exemplo disso. “O Extra muniu sua equipe jornalística de notebooks, carregadores veiculares, smartphones e conexão 3G para uma operação descentralizada. Lá os repórteres raramente voltam à redação, tendo em vista que estão com todos os recursos necessários para executar as atividades”, explica. Porém, com a facilidade e a economia de tempo, ele chama a atenção para outro problema: a sobrecarga de pautas a serem cobertas.

Instantaneidade na cobertura jornalística | Imagem: jornalismomovel.blogspot.com.br

Apesar das facilidades, a produção jornalística realizada nessas “redações móveis” ainda é utilizada, majoritariamente, como afirma Firmino, como um apêndice do fluxo de produção das empresas jornalísticas, em que são criados canais específicos para esse tipo de produto.  Para o professor, o preconceito quanto a esse tipo de produção reduziu, mas sua incorporação na grade principal da emissora ainda está atrelada à relevância do assunto. “Quando o fato jornalístico de repercussão pede, ela incorpora, quando não, ignora”, pontua.

O leitor-repórter – As facilidades trazidas pela internet não mudam só a vida do repórter, o leitor passa a ter um papel fundamental para o jornalismo, o de produtor de conteúdos. Como a internet proporciona maior interatividade e possibilidade de compartilhamento de conteúdos, seja texto, áudio ou vídeo, o contato e interação com o leitor ficou muito mais ágil. Ele passa a participar, não apenas fazendo comentários, mas, principalmente, fornecendo imagens de fatos que o jornal não pôde cobrir, ou mesmo sugerindo pautas.

É comum, hoje, ver nas páginas principais dos maiores portais de notícias um link para a participação do internauta, como o “Cidadão Repórter”, do A Tarde Online, ou o “VC no G1”. Outra situação cada vez mais recorrente é a utilização de imagens amadoras nos telejornais, que, em nome do furo jornalístico, abrem mão da qualidade e expertise na produção da imagem. O papel de testemunha ocular deixa de ser apenas do repórter, principalmente quando se trata de denúncias ou escândalos.

Janela de participação do internauta no G1 | Imagem: reprodução

Da mesma forma, muitas empresas jornalísticas ainda utilizam pouco essa ferramenta, mas Fernando Firmino acredita “que num futuro mais próximo o jornalismo participativo estará integrado à produção jornalística de uma forma mais sistemática, mais intuitiva porque o potencial do público é enorme e cada vez mais decisivo diante das redes sociais que permite a difusão rápida de conteúdos como fotos e vídeos”.

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