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Dodó encanta com sua arte fauvista
- 02/03/2017Dodó é autodidata e vive no Centro Histórico. Ela queria ser arquiteta, mas aderiu à escola de cores quentes e violentas
Naira Diniz e Vitória Régia | Imagens: Vitória Régia
Quando surgiu na França, no início do século XX, representada pelos pintores pós-impressionistas Henri Matisse, Gauguin e Van Gogh, a pintura fauvista trouxe uma técnica tida como fora dos padrões artísticos da época pois seus quadros apresentam cores “quentes e violentas”.
Em Salvador temos nossa pintora fauvista. Ela nasceu e vive no Centro Histórico, pinta e vende seus quadros numa Galeria de Arte do Mercado Modelo. É autodidata, gostaria de ter sido arquiteta. Um professor de arte a viu desenhando plantas de edifícios em pedaços de jornais. Dali que ela foi conduzida ao mundo das artes tendo como mestre depois o pintor Edvaldo Assis.
Dodó, como era chamada por sua mãe na infância, desafia as dores no joelho, na coluna, e momentos de ansiedade. Não suporta ficar sem pintar. As saias de suas baianas possuem giros laranja-vermelhos. Seus Omolus recebem fortes e expressivas pinceladas. Planeja o próximo quadro com fundo vermelho em que peixes estarão voando. E garante que os clientes adoram.
De fato, há pouco estoque de suas obras na galeria. Segundo o galerista informou, há um holandês que encomenda 60 telas de uma vez e leva tudo. É quase desconhecida em seu território, mas europeus valorizam a nossa Dodó.