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E depois da Copa?
- 21/11/2011Em meio a opiniões otimistas e pessimistas sobre o legado da Copa do Mundo de 2014, Salvador se prepara para receber o evento
Por Daniela Pinocci e Vitor Andrade
Apesar do otimismo por parte dos governantes pelo fato de Salvador ser uma das 12 cidades-sede da Copa do Mundo de Futebol de 2014, há dúvidas com relação ao legado do evento para bairros populares. Leonel Leal, gestor do Escritório Municipal da Copa (Ecopa), acredita que o evento será um momento de renovação para a cidade. “A Copa do Mundo trará legados para toda a cidade, sem distinção. Com certeza, bairros periféricos da capital baiana também vão ganhar”. Porém, o professor de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Marcos Rodrigues, não acredita que a Copa do Mundo trará muitos benefícios para a cidade: “A Copa não deixará legado quase nenhum”.
O professor, que também colabora com o projeto Observatório da Copa e é coordenador do Núcleo de Mobilidade Urbana (NMob), diz que não tem nenhum projeto para a Copa do Mundo que seja estrutural. “O mais estrutural seria o VLT na Paralela, que pode ajudar um pouco alguns bairros do miolo, se houver conexões, entre os bairros periféricos e a Paralela. Mesmo assim, isso não estava pensado só em função da Copa. Já tinha projetos anteriores para transporte nessa parte de Salvador”, afirma.
Segundo Rodrigues, os projetos básicos que estão focados para a Copa do Mundo são a reforma do Porto de Salvador, que passará a contar com um terminal turístico para os passageiros dos cruzeiros, e a expansão do aeroporto. O especialista não crê que as obras para a competição deixarão bons legados para a cidade, principalmente para os bairros mais carentes, como é possível ouvir na sua declaração:
Marcos Rodrigues fala sobre o legado da Copa para Salvador
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