Tags:alimentação, natural, orgânica, veganismo, vegetarianismo
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- 04/02/2013Entenda as regras de cada tipo de alimentação natural.
Marco Antonio Cruz e Monique Aguiar
Filosofia Vegan, vegetarianismo, comida orgânica, alimentação natural… É cada vez mais comum escutar estes termos, ou encontrá-los em anúncios de restaurantes. Mas você sabe o que cada um deles significa? Entenda as diferenças entre as dietas naturais e a filosofia vegetariana para não fazer confusão.
- Alimentação natural – Significa uma escolha alimentar que preza por alimentos minimamente processados. Industrializados e enlatados com aditivos químicos, corantes e aromatizantes artificiais são dispensados por alimentos mais frescos e mais próximos de sua origem natural.
- Alimentação orgânica – É uma busca por alimentos produzidos em condições naturais, sem adição de agrotóxicos como fertilizantes e aceleradores de maturação.
- Vegetarianismo – É uma dieta alimentar que prega o não consumo de carnes (vermelhas e brancas), ou seja, de alimentos que não impliquem no sacrifício de vidas animais. Porém, ao contrário do que muitos acreditam, a dieta vegetariana não consiste apenasem saladas. Cereais, farelos, flocos, frutos secos, grãos, frutas, ovos, leites e seus derivados, legumes e muitas folhas verdes garantem variedade e sabor à dieta vegetariana.
Apesar da dieta com restrição apenas de carnes ser o tipo mais popular de vegetarianismo, existem diversos níveis de vegetarianismo que são mais ou menos flexíveis em relação ao consumo de produtos de origem animal. A maioria das pessoas que opta por seguir o vegetarianismo e mudar a base de sua alimentação costuma transitar por esses “níveis” antes de chegar ao estágio mais avançado e completo da dieta. Seguindo a ordem dos níveis mais liberais até os mais restritivos, são eles:
Semivegetarianismo – Apesar do nome, não é uma dieta vegetariana. Consiste na exclusão da carne vermelha da alimentação, porém mantêm consumo de aves, peixes e frutos do mar. Esta é a principal porta de entrada para o vegetarianismo. Muitas pessoas param de comer carne vermelha por questões de saúde, porém dados do Ipsos revelam que 28% dos Brasileiros têm tentado comer menos carne vermelha voluntariamente. Muitos acabam se identificando com a filosofia vegetariana deixando, posteriormente, de comer outros tipos de carne e aderindo ao…
Ovolactovegetarianismo – Neste regime, não se come nenhum tipo de carne. Porém o consumo de ovos, leite e seus derivados como queijos, iogurtes e manteiga são permitidos. É o grau mais suave de vegetarianismo e o Censo 2012 estima que 8% da população do Brasil já aderiu a este regime alimentar.
Lactovegetarianismo – Carnes e ovos nem pensar. Mas o leite e produtos derivados estão livres para o consumo. Na Índia, país economicamente próximo do Brasil, mas distante geográfica e culturalmente esta é a dieta aderida pela maioria esmagadora da população.
Ovovegetarianismo – Alguns vegetarianos preocupados com os direitos e condições de vida de bovinos explorados na atividade pecuária criaram esta dieta, composta apenas por produtos de origem vegetal e ovos. Bastante comum entre ativistas políticos que lutam pelo direito dos animais. Mesmo os ovos consumidos, não costumam ser produzidos em granjas, mas em condições mais orgânicas e naturais oferecidas por cooperativas que negociam direto com pequenos produtores rurais.
Vegetarianismo semiestrito – Nesta dieta não se consome nem carne, nem ovos, nem leite ou seus derivados. Porém o uso do mel de abelhas, substituto comum do açúcar para adoçar sucos e chás, é o único obstáculo a ser vencido para alcançar a total independência de produtos de origem animal.
Vegetarianismo estrito – Apenas alimentos de origem vegetal. Nada mais, nada menos. É importante lembrar que as pessoas que optam por uma alimentação estritamente vegetariana precisam de um acompanhamento nutricional, e de uma dieta balanceada para suprir certas deficiências vitamínicas oriundas da falta de proteína animal no cardápio
- Veganismo – O veganismo não é um regime alimentar, mas uma filosofia de vida voltada para um convívio de harmonia com a natureza e com as vidas de outras espécies que coabitam o planeta com os humanos. Se baseando em convicções éticas que desembocam no direito dos animais, os adeptos da filosofia, conhecidos como vegans, repudiam o uso de qualquer produto obtido com a exploração de animais. Peles, couro, seda, cosméticos e remédios testados em animais, não só são rejeitados, como boicotados pelos vegans.
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