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FACOM colabora para a divulgação de C&T
- 08/06/2011Curso de Jornalismo Científico e Tecnológico cria agência de notícias
Por Joseanne Guedes
O Curso de Jornalismo Científico e Tecnológico da Faculdade de Comunicação da UFBA (FACOM), coordenado pela professora Simone Bortoliero, lançou a Agência de Notícias em CT&I da Bahia. Priorizando a aliança entre educação e comunicação, o objetivo do site é dar visibilidade à produção científica baiana e, dessa forma, contribuir para a reflexão e questionamento sobre as relações do homem com a natureza.
Desde sua criação, o curso de especialização realizado na FACOM tem importantes iniciativas para estimular a troca de saberes e práticas pedagógicas na área científica. Uma importante ação foi a realização do “Seminário Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável”, como parte da programação da VII Semana de Ciência e Tecnologia (SNCT), promovida em 2010 pelo governo do estado da Bahia.
“Não temos uma política comunicacional na UFBA”
Durante o seminário, a FACOM recebeu jornalistas, pesquisadores e representantes de movimentos sociais, que discutiram ações e estratégias para educar, de maneira dialógica, sobre a perda da biodiversidade e favorecer a formação dos divulgadores científicos. “Seja por descaso ou por favorecimento de interesses corporativistas, o conceito de desenvolvimento sustentável é deturpado”, critica Simone Bortoliero, que denuncia ainda falhas no processo comunicacional da universidade e destaca a importância da união entre cientista e o profissional da Comunicação.
Com ampla participação de ambientalistas, estudantes, professores, jornalistas, o seminário levantou problemas fundamentais de Salvador, como os resíduos sólidos, o desmatamento e a poluição do ar. Além da atuação das grandes empresas, que financiam pesquisas na área ambiental e, ao mesmo tempo, contribuem para o desequilíbrio.
A jornalista Maiza de Andrade pontuou sobre a necessidade da cobertura responsável desses temas. A ex-editora de Meio Ambiente do Jornal A Tarde comentou temas polêmicos, como a especulação imobiliária, as licenças para construir, as áreas de desmatamento, expondo a sensação de impotência dos divulgadores em algumas situações.
Cilene Victor, presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Cientifico (ABJC), traçou o panorama histórico da divulgação científica e do tratamento de questões ambientais. A pesquisadora, que dirige a redação da Revista ComCiência Ambiental, ressaltou a indispensável fusão entre Jornalismo Científico e Jornalismo Ambiental, na construção de um modelo de Jornalismo preparado para lidar com o meio ambiente e suas demandas.
O seminário contou ainda com a jornalista paraense Joice Bispo Santos, responsável pela Comunicação do Museu Paraense Emílio Goeldi, que o destacou o papel da preservação ambiental, da observação da natureza, práticas do Projeto Biota Pará, da Secretaria do Meio Ambiente do Pará.
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