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Gladiadores modernos
- 25/11/2011Lutadores das Artes Marciais Mistas, ou MMA, ainda enfrentam dificuldades para serem reconhecidos como esportistas. Apesar da agressividade, a prática é milenar e envolve diversas filosofias de lutas
Por Bruno Brasil e Paula da Paz
Se, na Roma Antiga, os guerreiros do Pankration (luta greco-romana) tiveram seu esplendor gravado em grandes estátuas espalhadas pela cidade, com lutas e batalhas contadas em grandes lendas e mitos, hoje, os lutadores das Artes Marciais Mistas, o MMA (do inglês Mixed Marcial Arts), ganham cada vez mais visibilidade e fama em espetáculos exibidos para o mundo inteiro através das grandes redes de TV internacionais e pelos canais fechados de combate.
O gosto pelas lutas corporais não é um fenômeno da pós-modernidade. Já no século VI, dentro do Coliseu, os gladiadores lutavam entre si em busca da liberdade e da honra. É certo que muitas batalhas só terminavam com a morte do oponente em espetáculos macabros de sangue que empolgavam toda a população. Dezesseis séculos depois, a luta se aperfeiçoou e o MMA vem se profissionalizando para fundar-se como esporte. Os campeonatos e as disputas, esses sim, não têm nada de amadores. Segundo Dana White, presidente do Ultimate Fight Combate (UFC),em uma coletiva de imprensa realizada na abertura da edição nº 134, no Rio de Janeiro, que aconteceu em agosto deste ano, um único evento causa um impacto econômico na ordem de U$ 15 a 50 milhões.
Mais explosiva que o embate entre os lutadores no octógono, foi a repercussão do MMA este ano no Brasil. Depois de 13 anos sem haver o campeonato no país, o evento retornou ao Rio de Janeiro gerando cifras e índices de audiências surpreendentes. Nas redes sociais online, como o Twitter, além do termo “UFC Rio”, a tag #FinalizaBrasil entrou para o topo dos Trends Topics nacionais. Com o nome dos lutadores, ao todo, 21 tags relacionadas ao evento entraram para os TT’s. A página do UFC no Facebook já conta com mais de seis milhões de fãs em toda a rede. Na transmissão, além da exibição no canal fechado Premiere Combate, a rede aberta RedeTv! obteve o direito da transmissão do evento e o maior índice de audiência de sua história, chegando a liderar o Ibope por alguns momentos. Durante 14 históricos minutos, no mesmo momento em que Anderson Silva vencia o japonês Yushin Okami, a RedeTv! nocauteava o primeiro lugar, até então mantido pela Rede Globo, com 12,8 pontos, o maior índice já registrado na sua audiência. Dana White calcula que o evento foi exibido em cerca de 30 milhões de lares.
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