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Investimentos para a área de biocombustíveis têm crescido na Bahia
- 13/07/2011IFBA e UFBA terão novas usinas piloto para produção de biodiesel
Por Rafael Brandão
Os investimentos em biocombustíveis na Bahia, tanto em pesquisas quanto em produção e fomento ao uso, têm crescido continuamente. Telma Andrade, doutora em Geofísica e diretora de Fortalecimento Tecnológico Empresarial da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (Secti), diz que a área de biocombustíveis tem sido privilegiada, na Bahia, quanto à captação de recursos através de editais públicos.
O número de grupos de pesquisa, trabalhos publicados e patentes na área só tem crescido nos últimos anos. “De 2005 até hoje, foram criados cursos de especialização, mestrado e doutorado, a exemplo do Curso de Especialização em Biocombustíveis na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), entre outros”, conta.
De acordo com Telma, os campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia com cursos técnicos em biocombustíveis em Irecê, Paulo Afonso e Porto Seguro têm atraído especialistas, mestres e doutores na área para o interior do estado.
“A Secti está finalizando a instalação de uma usina piloto em Irecê para ser operada pelo IFBA de lá, que terá como parceira a Brasilecodiesel, de Iraquara, para desenvolver pesquisa aplicada”, explica Telma. A diretora diz também que a secretaria está instalando mais três usinas piloto para pesquisa e desenvolvimento nos campi do IFBA em Paulo Afonso e Simões Filho, além de outra no campus da Universidade Federal da Bahia em Barreiras.
Georges Rocha, professor e estudioso dos impactos que os combustíveis causam no meio ambiente, conta que o IFBA foi pioneiro na oferta de cursos técnicos em biocombustíveis no país. “Quando criamos o primeiro curso, em 2008, no campus de Porto Seguro, já havia um no Maranhão. Mas fomos buscar referências e não achamos nada. Tivemos que construir do zero um plano de curso. Hoje, nossos cursos de biocombustíveis são referência”, afirma.
Estimulado pela expansão da área, Georges Rocha está à frente da proposta de criação da Rede de Biocombustíveis do IFBA. “Além de fomentar a união dos pesquisadores na área, vamos buscar acordos no sentido de capacitar os trabalhadores da agricultura familiar, que é hoje uma área sensível do programa de biocombustíveis do governo”, assinala.
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