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Jornais e jornalistas baianos em tempos de convergência midiática

- 06/06/2011

Avanços tecnológicos implicam em um nova relação entre a veiculação da notícia e a jornada de trabalho dos repórteres

Por Gisele Santana e Naiana Madureira
O espaço aberto pelo meio digital exige hoje que o jornalismo se renove e entre em contato com as novas possibilidades de transmissão da informação que as novas plataformas oferecem.
Desde a invenção da imprensa, no século XV, por Johann Gutenberg, os avanços tecnológicos interferem nos modos de fazer jornalismo. O uso de equipamentos eletrônicos (telefone, fax, gravador e câmeras, só para citar alguns), sempre facilitou a realização das reportagens. Mas a grande transformação tecnológica que mudou o cenário do jornalismo impresso se iniciou nos anos 90, com as novas tecnologias de comunicação e informação e, principalmente, com a popularização da internet no Brasil.

A quantidade de informação, o espaço ilimitado, a velocidade e a integração multimídia configuraram uma nova plataforma para o jornalismo, a online, que ultrapassa as possibilidades do meio impresso. Além disso, existem os dispositivos móveis (celulares/ smartphones, netbooks, os novos tablets como o iPad) e as redes sociais (Twitter,Facebook, entre outras) que ampliam o acesso e a circulação das informações.

Para lidar com essa nova realidade, os jornais estão implementando estratégias de convergência jornalística integrando as distintas plataformas. Como exemplo disso, verificamos que todos os jornais da capital baiana, em circulação hoje, estão na web e disponibilizam conteúdo para celulares e redes sociais, como o Mobi do jornal A Tarde.

A estratégia desenvolvida pelo Correio* foi a disponibilização de uma versão online do jornal impresso, com todo o conteúdo da edição do dia, e sem nenhum custo para acesso. “Hoje há uma grande quantidade de leitores jovens que não compram os jornais na banca, mas leem online”, afirma o pesquisador da história da imprensa na Bahia, Luís Guilherme Pontes Tavares.

As transformações ocorridas da apresentação e circulação do conteúdo demandam um novo perfil de profissional, alinhado com as novas tecnologias e disposto a confeccionar conteúdo para diversas plataformas. Apesar da exigência de uma outra postura profissional, o mercado baiano ainda não desenvolveu estratégias para remunerar adequadamente estes jornalistas.

Para o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba) as relações trabalhistas precisam ser revistas. “A situação do jornalista multimídia é vista com preocupação e o Sinjorba deverá entrar com representação no Ministério Público do Trabalho para que a questão seja discutida entre as partes interessadas, visando uma formatação adequada para este profissional do ponto de vista trabalhista”, afirma a presidente do Sinjorba, Marjorie Moura.


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