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Limites para dançar dentro de espaços evangélicos ainda são difusos
- 04/07/2012Evangélicos dizem que a dança dentro das igrejas exige limites
Niassa Jamena e Camila Queiroz
Embora muitas pessoas não vejam problemas e até encarem o novo mercado de músicas gospel de forma positiva, a questão de como desvincular as danças, muitas vezes sensuais e sexualmente apelativas (associadas a ritmos como funk, pop, arrocha, pagode e forró eletrônico) das versões tocadas nos meios evangélicos, ainda causam muita polêmica. A possibilidade de dançar ou não dentro das igrejas e espaços do segmento ainda é difusa e não há uma definição do “limite” mencionado por grande parte dos entrevistados pela equipe do ID 126.
Vocalista da banda de pagode gospel Expressão de Louvor, Ju diz que é possível dançar todos os ritmos sem sensualidade. “Todos podem dançar como quiserem, mas, sabendo que vamos ter que prestar contas a Deus de tudo o que fizermos, então, para mim é só dançar com a consciência de que Deus está vendo tudo e que não é agradável dançar com passos que valorizem a sensualidade”.
Milena dos Santos, 21, frequentadora da Igreja Batista do Rio Sena, diz que é difícil, sim, aliar as letras gospel com determinados ritmos porque o fiel pode se empolgar e fazer o passo, mas que não é impossível. Para ela, depende de cada um. Já Márcio Moreno, cantor de arrocha gospel, é um pouco mais categórico quando perguntado sobre o assunto. “Na realidade eu louvo ao senhor. Não danço e não falo de arrocha. Através dos meus louvores passo a mensagem de Cristo aos que gostam do ritmo”, explica.
Na Igreja Ministério Shalom, localizada no bairro de Praia Grande, os frequentadores também cantam músicas pop durantes os cultos. A empolgação dos fiéis é a mesma independente se o ritmo é de adoração (estilo de música tradicional das igrejas) ou outro mais agitado. Segundo o pastor da congregação, Jucemar Moreira, 52, a música gospel tem uma interferência na vida dos jovens e auxilia na formação dos seus conceitos sobre o que é música. Nos festivais gospel eles se sentem bem e isso justifica as suas atitudes.
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