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O constante desafio de ser jornalista
- 12/06/2011Breve panorama da profissão de jornalista na Bahia: formação, mercado de trabalho e regulamentação
Por Edna Matos
Mesmo sendo uma profissão mutante, o jornalismo nunca foi tão desafiado como neste início de século, não só pelo desenvolvimento das tecnologias de comunicação, mas, sobretudo pela mudança de hábitos dos consumidores de informação. As relações trabalhistas também andam bastante complicadas. O jornalista deve saber fazer vídeo, áudio, fotografar e escrever. E este parece ser o pesadelo de profissionais e entidades sindicais. Para Marjorie Moura, presidente do Sindicado dos Jornalistas Profissionais no Estada da Bahia (Sinjorba), o processo de convergência midiática ainda não possui regulação e esse “tudo ao mesmo tempo torna difusa a definição do contrato de trabalho, dificultando as negociações relativas a salário e carga horária”.
A despeito do fim da obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista, uma formação adequada e continuada ainda faz a diferença para se inserir e manter-se no mercado de trabalho. Uma pesquisa do Ibope de 2009 mostrou que independente de plataforma ou linguagem utilizada, 81% dos pesquisados se importam mais com a qualidade da informação do que em qual meio ela está disponível. Para a professora da Faculdade de Comunicação da UFBA, Lia Seixas, este diferencial só pode ser dado pelo jornalista por ter tido desenvolvidas as competências básicas para fazer as conexões da realidade e traduzi-las organizando o excesso das informações divulgadas diariamente.
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