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Outras lutas, outras bandeiras, outros significados
- 12/06/2011Movimento estudantil em universidades particulares está primeiramente focado na defesa de mensalidades, fotocópias mais baratas e festas, muitas festas para tentar convencer o alunado de sua importância.
Por Felipe Campos
De sua relevância para a história recente do Brasil, o movimento estudantil viveu em sua era pós-ditadura a perda de representatividade frente ao alunado, que se afastou do ideário de engajamento político de tempos atrás.
Se, nas universidades públicas, os Diretórios Centrais Estudantis (DCE) significam alguns punhados de estudantes engajados em “juventudes partidárias” – menos de 5% participaram da última eleição para o DCE da Universidade Federal da Bahia (UFBA) – com o boom de faculdades particulares, esta classe encontrou nestes locais uma nova maneira de “representar” seus alunos.
Outras lutas, outras bandeiras, outros significados. Ser representante do alunado de ensino superior privado mostra-se, conforme opinião de representantes e representados, uma experiência muito distante dos velhos tempos de congressos da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Ibiúna (SP).
Sai a luta por revolução, democracia e mudanças políticas, entra o pleito por menores mensalidades, fotocópias mais baratas e festas de integração, como mesmo explicam Shérida Jana, representante do DCE da Unijorge, e Ricardo Oliveira, representante do diretório da Universidade Salvador (Unifacs).
Mas, para quem enxerga de longe, como a coordenadora do DCE da UFBA, Tâmara Terso, a coisa já foi pior. Difícil mesmo era ver um único representante destas instituições em um congresso. Mas, para ela, existe uma renovação nos movimentos estudantis que estaria sendo ainda mais forte no ensino privado.
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