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Para sobreviver, o jornalismo precisa se adaptar às novas tecnologias

- 08/06/2011

As mudanças nos hábitos de consumo de informação exigem dos jornalistas conhecimento das ferramentas disponíveis para publicação das notícias

Por Edna Matos

O jornalismo encontra-se mais uma vez em mutação. Os hábitos das pessoas que consomem informação neste início do século, em especial as novas gerações, se modificaram. Elas, agora, dispõem de inúmeras alternativas não só para acessá-las, como também para divulgá-las. Ao que parece com a internet todos viraram “jornalistas”. Para sobreviver a essa turbulência, os profissionais precisam se adequar à nova realidade. Para isso é necessário conhecer as ferramentas disponíveis e ter criatividade para colocá-las em prática. Como disse Ricardo Gandour, diretor de Conteúdo do Grupo O Estado de S. Paulo, ao jornal Jornalistas & Cia on line, Edição Especial: Dia do Jornalista . “A nova mídia se consolida naquilo que tem de peculiar e vai sedimentando suas características mais fortes: interatividade, instantaneidade, possibilidades audiovisuais. E o leitor ou internauta começa a perceber, de novo, o valor do conteúdo editado. E aí tanto faz, se no papel ou na web”.

Para o jornalista Marcio Palacios, professor da Faculdade de Comunicação da UFBA, a tecnologia não é problema, tudo é uma questão de adaptação. “O jornalismo impresso é feito digitalmente. O digital está presente em toda a produção jornalística”. Ele diz ainda que, apesar dos currículos atuais dos cursos de Jornalismo preverem as disciplinas de jornalismo digital nos últimos semestres, na prática não é isso que acontece: “As disciplinas utilizam a tecnologia, os alunos têm experiência com blogs, com reportagem multimídia. Os produtos integrados já estão acontecendo. Só precisa sistematizar (esta integração)”.

Sites noticiosos como opção de empregabilidade

Ricardo Luzbel, fundador e presidente da Associação Baiana de Jornalismo Digital (ABJD), afirma que diferentemente do que tem se falado, o jornalismo digital vai fazer crescer o mercado de trabalho para jornalista. Segundo ele, a associação já tem 56 sites noticiosos inscritos e todos precisam ter pelo menos um jornalista registrado. “Das 28 pessoas que o meu site, o Bahia Notícias, emprega, 14 são jornalistas profissionais e seis são estagiários, todos da Facom”, completa. Ele diz ainda que é preciso valorizar os produtos digitais. “Hoje, nas grandes empresas jornalísticas, este segmento encontra-se nos últimos lugares da lista de importância no grupo. Isso precisa mudar para que o jornalismo digital possa fortalecer o mercado”. Segundo seu fundador, a ABJD surgiu também para mostrar aos anunciantes que a mídia digital vale a pena e dá retorno, pois fica no ar 24 horas. “É preciso mudar a mentalidade, hoje, por exemplo, o jornal A Tarde vende anúncio no impresso e dá o online de graça. Tem que mudar a lógica”, conclui.

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