Tags:cachorro, cães, cidadania, doença, fezes, salvador, saúde, veterinária, zoonoses
Pedestres sofrem com a sujeira deixada por cães
- 04/07/2012Diariamente, ruas e praças de Salvador ficam repletas de fezes de animais que não são recolhidas por seus donos.
Toni Couto
O soteropolitano que precisa usar as calçadas para se locomover tem que ficar atento para não pisar nos dejetos dos cães. Diariamente, ruas e praças de Salvador ficam repletas de fezes desses animais, uma prática corroborada pelos seus donos, que dificilmente recolhem a sujeira.
Para chegar ao trabalho, o pedreiro Eneílson dos Santos tem que tomar cuidado para não sujar os sapatos, contratempo que já aconteceu muitas vezes. “Tem que ter um saquinho para recolher as fezes dos cachorros e botar no lugar ideal”, recomenda. “É ridículo! Lá fora, em outros países, não tem isso, né?”.
O engenheiro Giuseppe Talento é morador da Praça Geraldo Walter, localizada no bairro do Rio Vermelho, há mais de 60 anos e também reclama da situação. “Na semana passada, abri a porta e estava lá, o cocô do cachorro. O dono do cachorro é dono também do que o cachorro produz”, alerta ele, que conhece os riscos do contato com a pele. “Na praia, a gente anda descalço, está sujeito a pegar qualquer tipo de doença”.
O senhor Egídio Gonzaga, morador de Tancredo Neves, relata que a situação de seu bairro é ainda mais crítica. “Lá é pior do que num bairro mais nobre, pois muitos cachorros ficam pela rua, soltos, e ninguém anda com um saquinho para recolher”, afirma Gonzaga, que faz um apelo aos donos dos cães. “Não podemos impedir o bichinho de fazer as necessidades dele. O dono é que deve cuidar”.
Leia mais: