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Problemas do trânsito de Salvador
- 04/02/2013A fiscalização do trânsito da cidade enfrenta problemas financeiros com a Transalvador
Iasmin Sobral e Rita Barbosa
Os radares garantem maior segurança no trânsito. Crédito: Divulgação/Metro 1
A tecnologia do trânsito deveria contribuir nas melhorias da fiscalização. Mas, em Salvador, onde trafegam 821.735 veículos registrados, o que se vê é uma tecnologia problemática, que não fornece uma sensação verdadeira de segurança e, muito menos, garante a punição dos infratores.
Isso pode ser visualizado na falta de funcionamento dos fotossensores, que fiscalizam eletronicamente o excesso de velocidade dos automóveis, além de punir os que param na faixa de pedestres ou não respeitam o sinal. Por problemas contratuais e licitatórios, os radares permaneceram um ano e meio sem exercer a fiscalização eletrônica, criando uma atmosfera de insegurança e impunidade.
O novo gestor da Superintendência de Trânsito e Transporte de Salvador (Transalvador), Fabrizzio Muller Menezes afirma que os fotossensores logo voltam a funcionar. “Os equipamentos estão parados por causa do fim do contrato com a empresa responsável, a Eliseu Kopp (…) assinamos o contrato licitatório sexta-feira, 11, com isso, os fotossensores voltam a funcionar imediatamente. (…) À medida que acontecer a aferição do Inmetro, os equipamentos são liberados”, conta.
A Transalvador conta com 60 fotossensores, 37 radares e 04 radares estáticos,em funcionamento. Segundo Fabrizzio, esse número está longe do ideal, pois há aqueles equipamentos que, eventualmente, apresentam defeitos. O órgão ainda não pode contar com um quantitativo que acompanhe a demanda, no entanto, ele espera que a nova gestão municipal tenha sensibilidade para os problemas que o órgão vem passando.
Fabrizzio ainda conta que mais 20 equipamentos foram comprados e serão instalados, contribuindo ainda mais na fiscalização eletrônica. Apesar disso, as pessoas não parecem acreditar na efetividade dessa fiscalização, seja ela eletrônica ou com os agentes de trânsito. É o que diz a estudante de arquitetura da Universidade Federal da Bahia, Gabriela Amado. “As pessoas estão dirigindo cada vez mais impacientes e estressadas. Acho que o engarrafamento contribui muito para esse estado de espírito (…) o aumento do número de fotossensores poderia coibir essas atitudes, mas com o suporte de campanhas educativas”.
Lei – Atualmente, está em vigor a Resolução Nº. 146 de 27 de agosto de 2003 do CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) e a Portaria Nº. 16, de 21 de setembro de 2004 do DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito), que dispõem respectivamente sobre os requisitos técnicos para a fiscalização da velocidade dos veículos e o estabelecimento dos requisitos específicos dos sistemas automáticos não metrológicos para a fiscalização das seguintes infrações previstas no CTB: Avançar o Sinal Vermelho do Semáforo; Parar o veículo sobre a Faixa de Pedestre na mudança de sinal luminoso; Transitar com o veículo em faixa ou pista regulamentada como circulação exclusiva para determinado tipo de veículo e quando em movimento; Não conservar o veículo na faixa a ele destinada pela sinalização de regulamentação.
Já a administradora Karla Veiga é mais descrente e não acha que a mudança de comportamento acontecerá rapidamente. “Muitos pedestres andam no meio da rua, mesmo tendo uma calçada ao lado ou uma passarela. As vezes nem esperam o sinal ficar verde e já vão atravessando. Um exemplo é o que acontece na frente do Shopping Iguatemi… uma multidão atravessa a rua sem respeitar a sinaleira que está ali pra proteger eles e os motoristas também”.
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