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Processo de convergência midiática afeta às relações trabalhistas entre jornalistas e empresas

- 08/06/2011

Sindicato afirma que a convergência midiática na Bahia ainda é experimental e não existe regulação contratual

Por Edna Matos

Marjorie Moura preocupada com o processo de convergência midiática na Bahia

A profissão de jornalista vive hoje tempos bastantes conturbados. O crescimento do jornalismo multimídia que está mudando a prática da profissão pela tecnologia, vem impactando também as relações trabalhistas. Tanto as empresas quanto os jornalistas estão em fase de adequação. Para a presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba), Marjorie Moura, o processo de convergência midiática por que passa as empresas jornalísticas, vem produzindo um enxugamento nas redações uma vez que está se criando a figura do jornalista “faz-tudo”. “Este é um processo complicado, pois os jornalistas estão servindo de cobaias, tudo está sendo feito muito experimentalmente. Ainda não existe regulação. Como você negocia um contrato? O que se coloca como objeto desse contrato?” Marjorie Moura ressalta ainda os aspectos relativos à saúde: “As pressões são muitas, tem muita gente ficando doente, sofrendo de estresse”.

Além disso, por não haver um sindicato patronal único, a categoria já está há três anos sem acordo coletivo. Segundo Moura, os acordos salariais são definidos para cada empresa e isso, além de exigir um desdobramento de esforço da atividade do sindicato, divide a categoria. Por isso, na Bahia o piso salarial para a profissão de jornalista não é único. Atualmente, entre as empresas baianas, o menor piso é aplicado pelo jornal Tribuna da Bahia (R$ 1.250,00) e, o maior, pelo jornal A Tarde (R$ 1.496,00) para uma jornada de cinco horas.  Para o trabalho em assessorias de comunicação, utiliza-se o piso aprovado em assembléia (R$ 2.562,00). Para as atividades realizadas de forma autônoma existe uma tabela para trabalhos free lancer definida no congresso estadual dos jornalistas em 2009.

Diante desse quadro, Marjorie Moura afirma que o jornalista precisa entender que antes de tudo ele é um profissional liberal e uma opção é o empreendedorismo. “O jornalista precisa voltar a ter iniciativa. Em um mercado estagnado como esse, não pode pensar apenas em ser empregado. Precisa buscar alternativas não só com blogs, mas, por exemplo, com matérias especiais para o rádio que foi alavancado pela internet”. Ela informa que o Sinjorba vem tendo algumas conversas preliminares com o Sebrae com o objetivo de realizar alguns workshops. “O jornalista não sabe ganhar dinheiro, ele só sabe ser empregado e isso precisa mudar”, afirma Moura.

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