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Processo eletivo: chapa única ou escolha indireta
- 11/06/2011A insignificante participação do alunado do ensino superior privado na escolha daqueles que serão seus representantes
Por Felipe Campos
Comparando às universidades públicas da cidade, a grama do vizinho nem é tão verde assim, como pinta Shérida Jana, diretora de Comunicação do DCE da Unijorge. A eleição de 2010 que elegeu a chapa Primavera nos Dentes como gestora do DCE da UFBA contou com menos de seis mil votos em um universo de mais de 30 mil alunos. Ou seja, menos de 5%. No entanto, comparado à primeira votação que elegeu um DCE na Unijorge, realizado em outubro do ano passado, a coisa ainda é bem melhor. Foram apenas 678 votos em um total de oito mil estudantes.
“A gente tenta fazer campanha de ano a ano para ter eleição. Ou, no máximo, de dois em dois anos para não ficar essa coisa de manipulação”, garante Shérida. A eleição contou com apenas uma chapa que se elegeu com menos de 10% do alunado da instituição.
Mesmo depois de eleita, muita gente ainda nem sabe da existência do diretório. “Olha, se eu disser para você que eu acompanho, eu vou estar mentindo. Eu sei que tem, porque tem o mural e tudo. Mas eu não conheço ninguém que faça parte. Acho que é importante, mas infelizmente essas coisas não ‘pegam’ aqui na faculdade”, admite a estudante do 3º semestre de Jornalismo da Unijorge, Fernanda Fahel.
Já na Unifacs, onde o DCE tem mais de 20 anos de existência, a votação é indireta. São os Centros Acadêmicos de cada curso que, através de seus representantes, elegem a chapa vencedora. Uma democracia representativa. “São apenas três ou quatro cursos que não têm diretórios, então tudo fica democrático”, explica Ricardo Oliveira, representante da atual gestão.
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