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Programa de estágio aproxima estudantes e comunidades rurais

- 04/02/2013

Diferenciando-se dos outros estados, o estágio na Bahia propõe mais uma etapa ao processo: a intervenção

Anaíra Lôbo

Recepção dos estagiários em Santo Amaro – Bahia.      Crédito: Arquivo do Neppa

Ampliar as discussões da sala de aula para comunidades é um dos pilares que estrutura a educação superior no Brasil. A universidade, em seu projeto filosófico, visa à formação de sujeitos capazes de pensar e atuar para o desenvolvimento social do meio em que estão inseridos – nas dimensões técnicas, culturais, artísticas, sociais e políticas – através do ensino, pesquisa e extensão.

Uma dessas atividades de extensão é o programa de Estágio Interdisciplinar de Vivência (EIV), que ocorre em vários estados do país desde a década de 90. Na Bahia, a atividade se diferencia pela inclusão da fase de intervenção em seu programa. O EIVI-Bahia acontece há sete anos e é direcionado para as demandas do campo e das questões agrárias do estado.

O programa é dividido em três momentos pedagógicos: capacitação, vivência/intervenção e avaliação, sob organização do Núcleo de Estudos e Práticas em Políticas Agrárias(Neppa). O núcleo é composto por estudantes e trabalhadores (as) em áreas de reforma agrária vinculadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, e também pela professora Nair Casagrande, responsável pela Atividade Curricular em Comunidade (ACC) sobre Educação Popular e os Desafios da Educação do Campo em uma das áreas do MST.

Metodologia EIVI – Em um primeiro momento, os estagiários são capacitados através de oficinas que debatem temas como a questão agrária do Brasil, o funcionamento da sociedade, agroecologia, feminismo e a luta das trabalhadoras, questões étnicas raciais, e educação popular/trabalho de base, todas mediadas por monitores. No segundo momento, vivência/intervenção, o grupo de estagiários e monitores vão para o campo, onde serão adotados pelas famílias para vivenciarem o seu dia a dia e, além disso, coletivamente pensarem em atividades culturais, oficinas e mutirões de trabalho. O último momento consiste na avaliação de todo o processo juntamente com a comunidade.

A metodologia utilizada no estágio se referencia na pedagogia da alternância, que intercala um período de convivência em sala de aula e outro no campo, assim como na educação popular. O militante do MST e técnico em informática, Carlos Alberto Santos, participou do EIVI  e afirma a importância dos estudantes irem para as comunidades refletindo sobre a própria atuação. “É preciso ouvir o que o povo diz e considerar os dois tipos de conhecimento, o acadêmico e o popular. Por isso, as idéias de Paulo Freire são referências para nós”, avalia o estagiário.

O estágio é reconhecido pela Universidade Federal da Bahia e Universidade do Estado da Bahia como atividade de extensão. Para a professora Nair Casagrande, a pedagogia do MST orienta também a prática pedagógica do grupo. “Nos princípios pedagógicos do movimento é proposta uma formação articulada dos elementos da realidade com os conhecimentos tradicionais a partir de uma educação crítica e transformadora. Nós fazemos isso visando respeitar e estabelecer o diálogo com a comunidade”, avalia Nair.

Este ano, aconteceu a sétima edição do EIVI e, além do Neppa e do MST, participaram o Movimento de Pequenos Agricultores, a Marcha Mundial das Mulheres, a Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal e o grupo Agrovida da Universidade Federal do Recôncavo Baiano. Ao todo foram sessenta e quatro estagiários (as) de diversos estados brasileiros e de diferentes formações.

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