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“Recebi uma furadeira”, diz consumidora que comprou laptop pela internet
- 14/08/2013Apesar das vantagens, comprar pela internet pode causar transtornos ao consumidor
Marina Baruch
Em busca de economia, a advogada Fernanda Brandão buscou na internet o laptop que queria comprar e optou pelo modelo encontrado no site Submarino. “Estava muito mais barato do que nas outras lojas”, diz. No entanto, o que parecia um achado acabou se tornando uma dor de cabeça.
“Recebi uma furadeira”, conta Fernanda. Para fazer a troca, ela teve que ir aos Correios enviar a ferramenta de volta e aguardar a entrega do laptop. Depois de 15 dias, uma nova surpresa. Fernanda recebeu um pirex. “Uma lasanheira com tampa da Marinex, para ser mais exata”, explica. Depois de repetir o processo de devolução, ela finalmente recebeu o laptop.
Quem se sentir lesado pode exigir o cumprimento forçado do contrato de compra e venda, de acordo com o Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon). Outras opções são trocar o produto por outro bem ou serviço equivalente ou rescindir o contrato, ou seja, exigir a devolução do pagamento. “Tudo o que foi prometido pelo site deve ser cumprido. Havendo descumprimento tanto no prazo de entrega quanto no tipo de produto entregue, o consumidor pode optar por uma dessas três alternativas”, explica o coordenador técnico do órgão, Alan Silva.
Caso a empresa se negue a cumprir o combinado, o cliente pode procurar os órgãos de proteção e defesa do consumidor. “Além do Procon, o consumidor pode procurar a Justiça caso queira pleitear, além do cumprimento, possíveis danos morais ou materiais”, diz Alan. Para entrar com uma ação de danos morais, é necessário estar munido de documentação que comprove que houve prejuízo por causa da falta do produto encomendado.
No entanto, Fernanda preferiu não processar a loja e não reclamar no Procon. “Se não tivesse recebido, certamente procuraria a Justiça, mas como já estou com o produto preferi falar mal deles no Facebook”, conta. A advogada Paloma Casali concorda com a decisão de Fernanda. “Se entrasse com uma ação na Justiça, ela levaria pelo menos seis meses para conseguir um acordo. Falar diretamente com a loja ou expor o ocorrido em redes sociais pode ser mais rápido”, explica.
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