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Regras para intercâmbio da UFBA confundem estudantes
- 21/11/2011As dificuldades de interpretação das normas de regulamento para intercâmbio da UFBA
Mab Caroline e Sofia Andrade
Para os alunos internos da Universidade Federal da Bahia que desejam fazer intercâmbio, os pré-requisitos estão disponíveis na Seção III do regulamento geral da instituição, que trata da matrícula decorrente de convênio, intercâmbio, ou acordo cultural. Segundo Cláudia Barreto, gerente de intercâmbio estudantil da Assessoria de Assuntos Internacionais da universidade, um dos pré-requisitos exigidos é o cumprimento de 50% da carga horária do curso.
Carolina Gomes, estudante de Jornalismo da Faculdade de Comunicação da UFBA, teve problemas na interpretação do regulamento. A aluna, que pretendia fazer
intercâmbio em Portugal, alegou ter providenciado a documentação necessária para o cumprimento das etapas do processo de seleção. “Eu tirei a maior parte da documentção e enviei nos prazos que eles estipularam, simplesmente recebi um email às vésperas da entrevista dizendo que eu não atendia a todos os pré-requisitos. “Paguei R$ 156,07 para fazer o passaporte”, disse a estudante indgnada por não poder participar do processo de seleção do Programa de Bolsas Santander. Inconformada e certa de que reunia todas as condições para participar do processo, a estudante, enviou ainda outro email questionando a situação. Como resposta, informaram a ela somente que “não tinha os 50% do curso”, sem esclarecer à aluna que estes se referiam à carga horária (pois a aluna continuou certa de que tinha os 50%, uma vez que já estava no 5º semestre de curso de Jornalismo, que totaliza oito semestres).
Em nome da assessoria, Cláudia afirma que “os estudantes não foram impedidos de se inscreverem no Programa de Bolsas Santander, pelo contrário, como houve interpretação equivocada das normas da universidade e, às vezes nem estavam no 4º ou 5º semestre, já que eles estavam colocando como metade do curso”. A gerente explica que a exigência dos 50% da carga horária, e não do total dos semestres de cada curso, tem em vista o benefício dos alunos. “Dentro da nossa universidade cada curso tem a sua peculiaridade. Por exemplo, se você pegar no histórico de um aluno de Teatro, a folha não vai estar preenchida nem metade, porque a disciplina é anual, logo a carga horária vai ser maior. A carga horária é diferente. Então, como forma de unificar essa legislação, a universidade fez assim: 50% da carga horária do curso”, esclarece.
Outra situação, apontada pelo estudante de Educação Física Jurandi Santos, foi a lentidão e a falta de empenho por parte da assessoria da UFBA, que não se certificou que o envio do pedido de admissão para a universidade anfitriã, Universidade de Coimbra, tinha chegado. “Foi uma falha da AAI da UFBA, só em cima da hora é que a minha carta chegou. Eu tive que correr atrás de toda a documentação necessária”. Por sorte, o aluno conseguiu realizar o intercâmbio. “Fiquei muito impressionado com o espírito e as tradições acadêmicas de Coimbra, que são muito fortes”, revelou.
Em resposta, a AAI garantiu que esse tipo de situação não é comum acontecer. “No entanto, é comum a demora da carta de aceitação. A gente não tem como intervir”, diz Cláudia Barreto. Ela complementa, explicando que o que acontece é que “a gente manda email, telefona e fica pressionando a assessoria internacional da faculdade anfitriã com relação a essa questão das cartas. Mas, realmente, não temos como interferir para que essas cartas cheguem mais rápido, pois cada universidade tem o seu calendário de envio cartas e o correio, realmente, é um problema”. Segundo conta, já tiveram casos em que enviaram a documentação toda dos estudantes pelo correio, pressionaram e, tempos depois, esse mesmo pacote com a documentação retornou fechado para a assessoria da UFBA.
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