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Regressão de Memória se torna opção para superação de problemas
- 04/10/2016Baseada na crença em reencarnação, a Terapia de Vidas Passadas é instrumento para combater tensões
Priscila Dórea e Raí Guerra
Na escola, no trabalho ou em qualquer outra situação, a vida cotidiana nos prova que o esforço e a produtividade são elementos fundamentais para termos sucesso. Por conta da correria do dia-a-dia e do estresse, muitas pessoas recorrem a diversos tratamentos para aliviar as tensões. Dentre as muitas opções para se resolver um problema, está a Terapia de Vidas Passadas, termo cunhado pelo doutor em psicologia, Morris Netherton, em 1967.
Adenáuer Novaes, 61 anos, engenheiro, psicólogo e terapeuta regressionista conta que seus estudos sobre esta terapia se originaram fora do campo acadêmico. “A terapia se baseia na possibilidade de existirem registros na mente oriundos de experiências vividas nas várias encarnações da pessoa. Quando trazidos à consciência, podem ser úteis nos processos terapêuticos”, explica. De acordo com ele, outro termo bastante conhecido e usado por terapeutas é a regressão de memória, que se caracteriza como a técnica utilizada para obtenção dos registros que a mente humana pode trazer à tona.
Em busca da cura de dores físicas, superação de traumas ou fobias graves, Adenáuer revela que cerca de 30% das pessoas que a praticam alcançam o êxito em suas lembranças, conseguindo assim resultados satisfatórios através da terapia. No procedimento, embora as lembranças do passado sejam poucas, elas podem revelar aspectos úteis que auxiliam o trabalho terapêutico.
Entretanto, nem todos os problemas acabam se resolvendo facilmente por meio desta terapia, já que ela apresenta alguns riscos e contra-indicações. “Estas se situam no ego da pessoa, além de ser inadequado para crianças e adolescentes ou para pessoas com psicoses”, diz Adenáuer. O psicólogo ainda aponta as relações da terapia com algumas religiões, como por exemplo o Espiritismo. “Como se trata de uma técnica terapêutica que não nasceu no seio de uma religião, a única relação é a possibilidade de reencarnação”, afirma.
Para Cleusa Santos, 51, terapeuta reencarnacionista, a regressão é importante pois o acesso a algumas memórias pode nos ajudar a entender e resolver situações que nos aflige. “Acredito neste método porque sendo a reencarnação a entrada e saída do espírito na carne, este permanecendo o mesmo tem memórias e através destas em determinados momentos conduzimos nossa vida”, ressalta.
Já Janilton Andrade, 49, psicólogo e professor universitário, não acredita que este método terapêutico possa ser útil para a evolução do ser humano. “Não vejo a necessidade, afinal, tudo o que nos nossos passados foram importantes e ainda deixam marcas em nós, estão presentes no aqui-agora. Não preciso vasculhar esse passado”, explica. Para sustentar este ponto de vista ele cita o médium Chico Xavier (1910-2002). “”Filha, se Deus achou por bem nos dar o esquecimento dos nossos passados, para que futucar?”.