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Saiba o que jovens baianas têm produzido através da tecnologia digital
- 21/11/2010Debater até que ponto as mulheres estão produzindo e usando as tecnologias digitais é tema de interesse de estudantes
Por Fernanda Aragão e Marília Moreira
As estudantes Laís Paulo e Jamile dos Anjos participaram do II Encontro Mulheres e Mídias Bahia. Elas se interessam por audiovisual, novas mídias e por movimentos sociais, por isso foram acompanhar a discussão sobre mulher e cultura digital no evento que aconteceu dia 19 de outubro no auditório da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Antes do início do evento, o Impressão Digital 126 conversou com elas.
Laís Paulo, que cursa Serviço Social, já fez parte do grupo “Palavra de Mulher” e também já organizou um cineclube que exibia filmes relacionados à temática da mulher e sexualidade – mais especificamente o lesbianismo.
Jamile dos Anjos é estudante do Bacharelado Interdisciplinar (BI) de Artes na Universidade Federal da Bahia e participa do blog Correio Nagô: “É fantástico trocar experiências neste encontro”, conta ela.
As duas produzem vídeos em câmera digital e já tiveram suas produções exibidas no programa “Espelho”, dirigido por Lázaro Ramos e exibido no Canal Brasil.
Para Laís Paulo, “o audiovisual é um instrumento potencializador de lutas”. Ela acredita que através das tecnologias digitais os produtos audiovisuais podem ser produzidos de forma mais rápida e distribuídos mais rapidamente ao
público. Veja a opinião de Laís Paulo no vídeo abaixo:
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=nnrwdb8YXxs]
Já Maily Guimarães, estudante de Produção Cultural da Universidade Federal da Bahia, cursa o segundo semestre, mas já tem uma trajetória de pesquisa sobre mulheres e tecnologias digitais. Ela conta que o interesse pelo feminismo é antigo, mas estava mais relacionado à questão das mulheres mulçumanas. O interesse por mulheres e tecnologias começou logo quando ela ingressou na faculdade e pegou sua primeira disciplina optativa. “O interesse pelo tema foi meio por acaso mesmo, pois não sabia que a disciplina iria tratar exatamente disso. Foi uma surpresa geral, mas para mim foi uma surpresa positiva”.
Diferentemente de Jamile dos Anjos e de Laís Paulo, Maily não se considera uma produtora, mas uma usuária das tecnologias digitais. “Não me considero uma produtora, sou uma usuária: leio blogs, uso as redes sociais”. Mesmo não fazendo parte de um grupo de pesquisa, Maily desenvolve pesquisas dentro da disciplina optativa sobre como as mulheres dos movimentos sociais se comunicaram para organizar a III Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres, pois, segundo ela, não há sites nem redes na internet que agreguem essas mulheres e o vínculo é majoritariamente interpessoal.
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