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Salvador tem lazer infantil? Tem sim, senhor

O problema está nos aspectos negativos encontrados e na falta de divulgação das opções, que faz com que as mães recorram a internet para encontrar alternativas 

Nathália Mattos

Quem nunca ouviu uma mãe reclamar que Salvador não tem opções de lazer para crianças? Muitos pais se queixam da falta de opções. O problema, no entanto, não está na ausência de alternativas, mas, nos aspectos negativos encontrados, no elevado custo e no desconhecimento da vasta programação disponível.

Amanda Sampaio (25), fisioterapeuta e mãe de Gabriel (4), gosta de frequentar praias, como a do Porto da Barra. O grande problema é a falta de estrutura. Ela recorda que em uma tentativa de ir sozinha com o filho, as preocupações com os pertences na areia e com a criança na água, não lhe deixaram aproveitar o programa.

Já a analista de sistemas, Jamille Cardoso (35), mãe de Júlia (7) e Pedro (2), prefere as praças, porém reclama da persuasão que é feita no local. Segundo ela, os vendedores assediam as crianças para andar nas motos elétricas, pular nas camas elásticas, dentre outras tantas tentações para a meninada.

Nas praças, os carrinhos, patinetes e motos elétricas são garantias de diversão para os pequenos, e de custos para os papais – Crédito: Nathália Mattos

As duas mães também reclamam dos locais que não possuem estacionamentos, já que esse serviço garante, sobretudo, segurança, um dos quesitos mais requisitados pelas mães, que alegam buscar programas seguros, com preço justo e que sejam adequados a idade dos pequenos.

Para a jornalista Maisa Amaral (30), mãe de Marina (6), a falta de segurança nos locais públicos direciona suas escolhas para as opções privadas, que geralmente são caras. Maisa fica muito incomodada com a falta de segurança em pontos turísticos da cidade e reclama que as crianças nem sempre são bem vindas em museus.

Lazer na rede – Das mães entrevistadas, todas pesquisam e encontram boas sugestões na internet. É o que explica Amanda, que conheceu o site Pequenópolis, especializado em lazer infantil, através de outro blog para mães, o Mães e muito mais: “Acesso sempre que quero sair com meu filho. Além de super completo, atualiza sempre, com endereço, telefone, preço e até opiniões e comentários”.

Jamille que também conheceu o site por uma indicação, diz que já o indicou para outras mães e que prefere escolher bem o programa, antes mesmo de sair de casa: “Geralmente pesquiso bastante antes de escolher uma opção, para não correr o risco de ser surpreendida negativamente”.

O site Pequenópolis, cuja autora é a jornalista Mariana Carneiro (41), mãe de Guilherme (8), foi criado em 2009 como um blog, para dividir suas experiências de lazer infantil com outras mães. Mantido como um “hobby”, o site não deixa de ser levado a sério, já que é um compromisso com os pais, super interessados em informações de lazer para as crianças. Mariana lembra que antes do blog, a melhor maneira de ficar por dentro das opções era através do boca-a-boca, e hoje a interação continua, só que na internet, de forma ágil e constante.

Mariana confessa que as opções de lazer infantil de qualidade em Salvador ainda são restritas, mas que existem opções públicas e privadas disponíveis para todos. Para ela, os problemas são a falta de responsabilidade dos organizadores de alguns eventos e também de disposição e boa vontade dos pais de procurar alternativas, além da pouca atenção dada a esse tipo de entretenimento, que fica fora do conhecimento da população.

Famílias marcam presença nas praças, que oferecem diversão, descanso, sombra e água fresca – Crédito: Nathália Mattos

Sobre os programas mais importantes, ela revela: “São aqueles que estimulam o lúdico, a criatividade, a liberdade das brincadeiras, a reunião da meninada em torno de atividades prazerosas e também culturais”. E deixa uma dica para os pais: “Pesquisem, não se contentem com o que há de lugar comum, saiam da rotina, aventurem-se a buscar novos caminhos com seus filhos”.

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Mapa – Dicas das mamães

Conheça o site Pequenópolis, escrito pela mãe e jornalista Mariana Carneiro