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Salvador, uma capital de paradoxos
- 16/07/2013Mesmo tendo maior parte da população negra, a capital baiana apresenta altos índices de racismo
Val Benvindo e Wesley Miranda
Com mais de 2,6 milhões de habitantes, Salvador é a cidade com a maior quantidade de negros do país, sendo estes 79% da população, segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010. Apesar dessa maioria negra, os números ainda são muito altos quando o assunto é desemprego, segundo os dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego do ano de 2008, realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Embora exista forte ligação do soteropolitano com elementos vindos da África, desde o vocabulário, culinária, até religião, Salvador é uma cidade com altos índices de racismo. O infográfico a seguir foi construído a partir da análise e compilação de dados acerca das condições do negro nas diversas esferas da vida cotidiana, como níveis de escolaridade, taxa de desemprego, renda atual do afrodescendentes e uma pesquisa demográfica que revela que, ao contrário do que muitos pensam, a Liberdade não é o bairro mais negro de Salvador e que não está nem entre os cinco com a maior quantidade de negros da capital baiana, segundo o IBGE.
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Por meio do Observatório da Discriminação Racial de 2013, uma iniciativa da Secretaria Municipal da Reparação (Semur), que atua na época do Carnaval, é possível realizar uma análise apurada também das condições do negro durante este período, neste e de outros anos. O Observatório tem o objetivo de prevenir, mapear e registrar as ocorrências de discriminação racial, violência contra a mulher e a população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis,Transexuais e Transgêneros (LGBTTT) e de violação de negros e negras nas relações de trabalho.
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