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Seleção baiana representa o Brasil em modalidade 3D de RoboCupSoccer

- 06/04/2013

RoboCup mobiliza equipes de todo o mundo através da meta ambiciosa de formar robôs capazes de derrotar seleção da Fifa

Tunísia Cores

Desenvolvimento de programas de aprimoramento de robôs faz parte do grande objetivo dos estudiosos da área de robótica inteligente: obter um bom desempenho no Campeonato Mundial de Robôs, a RoboCup, criada em 1997. A iniciativa visa fomentar a pesquisa no ramo através da experimentação e aplicação de tecnologias vinculadas à programação de computadores e engenharias de informação.

 O futebol 3D compõe a modalidade Soccer da RoboCup. Embora outras duas integrem a iniciativa (RoboCupRescue e RoboCup@Home), o soccer é o objetivo motriz da criação da copa. Aqui existe uma meta ambiciosa: até 2050 a RoboCup deve constituir um time de robôs reais, de anatomia similar à humana, capaz de derrotar a seleção campeã de futebol da Fifa no respectivo ano.

 A ideia de um robô vencer um humano em uma competição não é nova. “Surgiu a partir de um desafio de xadrez [em maio de 1997], quando o campeão mundial do esporte foi derrotado por um computador [o IBM Deep Blue]. Desde então, houve a decisão de se apropriar de um esporte que agregasse mais conhecimento das áreas de robótica e inteligência artificial”, afirma a estudante do 11º semestre de Sistemas de Informação, Ayran Costa, e integrante do Bahia Robotic Team (BRT) há, aproximadamente, três anos. De acordo com o site oficial da RoboCup, algumas dessas áreas são: interação entre sensores em tempo real, comportamento reativo, visão e tomada de decisão estratégicas e coordenação motora. Países dos cinco continentes possuem comitês vinculados à iniciativa. O comitê brasileiro existe desde 2007.

IBM Deep Blue - Página da IBM retrata evolução do modelo IBM Deep Blue, computador que venceu o campeão mundial de xadrez em maio de 1997

 Como não poderia ser diferente, o BRT também está envolvido na Copa do Mundo de Futebol de Robôs. A equipe, que participa pela sexta vez da competição, é a única seleção a representar o Brasil no exterior este ano e está engajada na modalidade 3D. Desde 2007, o único ano em que não participou foi 2012, devido à necessidade de reestruturações internas e reformulações de protocolos.

 Os preparativos estão a todo vapor. Há a realização de workshops internos semanais, discussão dos avanços do projeto e análise do nível de inteligência dos robôs. De todos os membros, cinco participarão do mundial. São eles: os docentes Marco Simões, coordenador da BRT, Josemar Rodrigues, coordenador geral do ACSO, e Diego Frias, professor e pesquisador no ACSO, além dos alunos Lorena Pereira e Alan Santos. “A expectativa é grande para mostrar o nosso trabalho. Acredito que podemos conseguir uma boa colocação”, afirma Alan, que participará da competição pela primeira vez.

Não é possível levar a todos devido aos poucos recursos. Por isso, critérios como assiduidade, engajamento e alto desempenho nos desafios propostos são decisivos para a escolha. Cada aluno deve prestar, em média, 20h semanais de dedicação ao BRT. Entretanto, em períodos próximos da competição este tempo é geralmente ultrapassado, já que a maior parte do trabalho acontece fora da partida, durante a fase de preparação das equipes e da programação dos robôs.

 Neste aspecto, há muita semelhança entre uma partida de futebol ao vivo, entre humanos, e uma partida realizada entre robôs em um jogo simulado em 3D. “Durante a competição, o máximo que fazemos é assistir, torcer e anotar as estratégias usadas pelos adversários a fim de melhorar nossos robôs. Muitas vezes, ao final do dia do torneio, vamos para o hotel fazer ajustes no programa para que, no dia seguinte, o nosso nível de inteligência artificial esteja mais eficiente e possamos ter um melhor desempenho”, complementa Marco Simões.

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