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Servidores podem suspender a greve nesta quinta-feira (14)
- 11/07/2011No auditório da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (UFBA), mais de 300 servidores técnico-administrativos em assembleia votaram pela suspensão da greve a partir do dia 14 de julho. Com apenas 12 votos contrários e quatro abstenções, a categoria acatou a posição do Comando Nacional de Greve da Fasubra Sindical, federação que representa 180 mil trabalhadores em Brasília.
Por Joseanne Guedes
Em assembleia realizada no auditório da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia, mais de 300 servidores da instituição votaram pela suspensão da greve a partir do dia 14 de julho. Com apenas 12 votos contrários e quatro abstenções, a categoria acatou a posição do Comando Nacional de Greve da Fasubra Sindical, federação que representa os trabalhadores em Brasília.
Durante audiência pública na Câmara dos Deputados, no dia 21 de junho, o ministro da Educação, Fernando Haddad, pediu para os técnico-administrativos suspenderem a greve para retomar as negociações. A solicitação de Haddad atende à exigência do secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva. A categoria, que havia se recusado a ceder sem alcançar os objetivos, agora estuda o teor da carta assinada pelos ministérios da Educação (MEC) e do Planejamento (MPOG) que aponta a disposição do governo de somente negociar após a interrupção do movimento.
Com a proximidade do recesso parlamentar e do fechamento do orçamento de 2012, previsto para até dia 31 de agosto deste ano, os servidores apreensivos aguardam o posicionamento do Governo Federal. “Entendemos que é o momento de ponderar estrategicamente e estudar as propostas, mas podemos retornar o movimento a qualquer tempo”, alertou Renato Jorge Pinto, coordenador geral da Assufba Sindicato.
Para a Fasubra Sindical a suspensão da greve não significa derrota e nem recuo, mas uma ação tática de deslocamento de posição da entidade, que passa à ofensiva frente ao governo. O compromisso feito pelo Ministro da Educação de acompanhar as negociações deixou os servidores otimistas quanto ao resultado do processo, fora do ambiente da greve.
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