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Sonhos e frustrações
- 21/11/2011Realidade da maioria dos atletas é muito diferente do que se imagina
Por Henrique Mendes e Lucas Leal
Capas de revistas esportivas, referências mundiais do futebol e, sobretudo, exemplos de milionários bem sucedidos. Essas são as pretensões de muitos jovens que tentam ingressar no mundo do esporte. Entretanto, fora dos sonhos, estatísticas reais mostram que poucos alcançam a mina de ouro que esperam.
Dados da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) revelam que apenas 3,4% dos jogadores de futebol profissionais conseguem ficar ricos, ou seja, aqueles que aparecem constantemente nos televisores e têm uma legião de fãs são a minoria. A maior parte deles, 85%, ganha somente até três salários mínimos, em uma carreira com prazo de validade já pré-estalecido. “Muitos falam que isso aqui é uma fábrica de sonhos.
Eu digo que é uma grande fábrica de ilusões. Dos 215 atletas que eu tenho aqui, 15 ficarão ricos, 30 serão medianos e todo o resto não será nada”, afirma João Paulo Sampaio, coordenador das categorias de base do Esporte Clube Vitória.
Grande parte desta imaginação equivocada da realidade dos garotos é provocada pelos próprios pais e empresários dos atletas. “Muitas vezes, pais de atletas me dizem que seus filhos não precisam estudar. Por outro lado, os empresários reforçam o coro, pois só visam lucro, não querem saber dos seres humanos”, revela Sampaio. Newton Mota, responsável pela base do tricolor baiano, destaca: “São necessárias leis que protejam mais os garotos e diminuam a ação dos empresários”.
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