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Tempostal: um museu de postais, há 15 anos, em Salvador

A circulação de pessoas não é das mais intensas. Localizado em um espaçoso e reestruturado sobrado do século XIX, no Pelourinho, o Museu Tempostal recebe poucos visitantes em vista da qualidade do material e importância do acervo de 40 mil postais antigos. A instituição foi inaugurada em 1997 e contou com a contribuição valorosa do sergipano Antônio Marcelino do Nascimento. O filantropo não somente doou sua coleção de 30 mil peças, entre postais, estampas e fotografias, assim como sugeriu o criativo nome para o museu. As peças datam do final do século XIX e do início do XX , dentre elas, cartões de fotografias coloridas da Belle Époque e impressionantes fotos panorâmicas da cidade de Salvador.

Para a museóloga Antônia Pinheiro, coordenadora do Tempostal, a baixa visitação é, pelo menos em parte, explicada pelo fato de os programas da maioria das agências de turismo não incentivarem e incluírem o Museu no passeio turístico pelas ruas do Pelourinho. Além disso, “nos fins-de-semana há uma queda da visitação porque as pessoas ficam com receio de ir ao centro histórico já que está mais deserto”, complementa a coordenadora. Ainda de acordo com ela, a média de visitantes é de cerca de 350 por mês, sendo que a maioria são turistas. O número cresce para cerca de 700 visitantes através de parcerias com as escolas estaduais e municipais chamadas de “serviços educativos”. Nesses casos, os funcionários do museu preparam materiais audiovisuais didáticos para receber os estudantes e contextualizá-los com os postais.

Apesar da exposição permanente trazer inúmeras imagens de Salvador, outros lugares da Bahia também são retratados nos postais expostos. Há seções que mostram o desenvolvimento de cidades do interior da Bahia no nível econômico, industrial e social. Outras cidades representadas pelo acervo são Lençóis, Feira de Santana, Ilhéus, Jequié, Valença e Bom jesus da Lapa.

Além disso, o museu também promove mostras temporárias. Até o dia 29 de julho está em cartaz a mostra “Pelourinho, um cartão-postal da Bahia” composta por postais, fotografias e vídeos, que apresenta as mudanças sofridas no bairro histórico e traz uma reflexão sobre esse patrimônio cultural como produto do homem e de suas relações políticas, sociais e econômicas. A mostra dispõe de 150 imagens, entre peças do próprio acervo do Museu Tempostal, postais e fotografias cedidos por outras instituições.

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