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Uma tatuadora tatuada e suas histórias
- 12/12/2011Angel Cravo relata casos engraçados da profissão
Por Carol Aquino e Marilúcia Leal
Angel Cravo é tatuadora e apaixonada por tatuagens. Entre animais, nomes e frases espalhados pelo corpo (cerca de 30), uma delas chama a atenção e ela faz questão de apontar. “Está vendo aqui? Lembra onde fica? É do meu avô”, fala ao mostrar o punho em que está pintado uma réplica da escultura “Fonte da Rampa do Mercado” (1970), do artista plástico Mário Cravo Jr. A escultura está localizada no bairro do Comércio, em frente ao Elevador Lacerda.
“Os únicos lugares que ainda não tenho tatuagem é nos pés e nas nádegas”, conta ela com seu jeito engraçado e auto-astral. “A maioria das minhas tatuagens é de animais porque gosto muito de bicho.” Mas ela avisa que não planeja as imagens que serão pintadas. Faz de acordo com o humor do dia. ” O desenho depende do jeito que acordo” – brinca.
Questionada sobre os motivos que levam uma pessoa a escolher um determinado desenho, forma e lugar ela é taxativa: “Tem gente que faz a tatuagem para si. Tem gente que faz para os outros verem. Se faz um desenho nas costas, como vai ver? Tem que colocar um espelho. É só para chamar a atenção”.
Quando o assunto é preconceito ou discriminação, Angel, que não tem papas na língua também deixa seu recado. “Ninguém nunca mexeu comigo. Se começam a me olhar feio, fecho logo a cara. Se alguém vier me dizer alguma coisa respondo logo. ‘É de sua conta? Você paga minhas contas?’, a frase acaba com um frenético movimento de braços.
Quer conferir mais algumas histórias de Angel Cravo? Veja o vídeo abaixo:
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