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Veja qual a relação dos pipoqueiros com a casa
- 11/03/2013Podem parecer funcionários, mas os pipoqueiros tem apenas uma relação de bom-companheirismo com a Conha Acústica. Confira o que tem a dizer Maurício Serra, coordenador geral da casa
Maria Garcia
Para os pipoqueiros que vendem dentro da estrutura da Concha Acústica, não existe contrato de exploração. O espaço é simplesmente cedido para os profissionais que, após terem conversado com coordenadores anteriores, foram beneficiados com o “aluguel” gratuito do espaço. A baiana de acarajé que atua no local também aproveita a boa vizinhança para vender os seus quitutes.
De acordo com o coordenador-geral da Concha, Maurício Serra, a política de ceder o espaço para a comercialização de produtos diversos veio de algumas questões que envolviam os ambulantes, o público e o próprio aparelho cultural. “Há 20 anos, era necessário resolver a questão da venda irregular dos ambulantes, que acontecia nas mediações da Concha Acústica. Além disso, o público questionava a falta de alternativas para se alimentar dentro da estrutura”, explica.
Caso fosse firmado um contrato de exploração do espaço, seria necessário abrir processos licitatórios, que levariam um bom tempo para serem formalizados. A burocracia seria necessária devido à natureza da Concha Acústica, que é um bem público. Não há, portanto, relação empregatícia entre os pipoqueiros e a direção da casa de show, mas uma relação de companheirismo, onde ambos os interessados podem aproveitar as vantagens. Quanto às relações interpessoais dentro do TCA, Serra diz que não pode se queixar. “Os funcionários da Concha Acústica possuem uma ótima relação com os pipoqueiros. Nunca houve nenhuma confusão entre eles e os funcionários”, comenta o coordenador.
O que vai mudar com a reforma? – Serra não divulga a data em que as reformas de requalificação do Teatro Castro Alves serão iniciadas. Estas visam melhorar a infraestrutura dos espaços e incluem a mudança nos camarins e backstage, construção de novas bilheterias e sanitários. Além disso, pretende-se permitir o acesso via Ladeira da Fonte. Questionado sobre a situação dos pipoqueiros durante a reforma, Serra afirma que, como não há uma relação empregatícia com os pipoqueiros, não é de responsabilidade do Teatro questões relativas à renda destes vendedores no caso de suspensão das atividades no espaço. A assessoria de comunicação do TCA não descarta a possibilidade da casa de show funcionar durante as obras. Caso isso aconteça, será mais uma boa notícia para os pipoqueiros, que não pausarão suas atividades.
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